Os direitos da Vaca - Campanha pelo sagrado direito de viver
Quero meus direitos,
Sou a Vaca, cidadã do mundo!
Desde tempos imemoriais, onde havia uma boca faminta, clamavam por mim.
Nas estepes da Ásia fui domesticada, e desde então sou usada para arar a terra, servir de montaria. O meu leite bastou para alimentar os povos. A minha carne saciou a fome, nas guerras e nos tempos de paz.
Milênios de servidão e atrocidades com os da minha espécie!
Cristo, Buda, Maomé, homens que iluminaram o mundo , beberam o meu leite, para sustentarem suas vidas e escreveram a historia da civilização, e nenhum deles, me protegeu das barbáries desta mesma civilização, bela e impiedosa com o meu destino.
Louvam a abelha pelo mel, o lírio pela beleza.
Nenhum poeta me cantou em versos áureos; Nem Pitágoras!
Nem mesmo Dante, o divino poeta, me colocou nos jardins do paraíso.
Os povos da Índia, que sempre me trataram com reverência e respeito, hoje comem a minha carne, sem nenhuma piedade ou pudor.
O mico leão dourado, os cães, os gatos, tem seus organismos de defesa.
Eles contribuíram mais que eu para a evolução da espécie humana?
A minha vida sempre foi repleta de deveres; Abastecer o mundo com o meu sangue.
Onde estão os meus direitos? Quero comida decente, correr feliz pelos campos.
Não quero estes alimentos contaminados, ração cheia de hormônios.
Não me acusem de envenenar as crianças e os idosos, que sempre alimentei com prazer!
Hoje, mais que nunca, boa parte dos alimentos para o homem, é produzido por mim; O meu leite.
Porque ainda querem devorar as minhas vísceras?
Abaixo estes estábulos horrorosos - Imundos campos de concentração - onde tenho as têtas violentadas por maquinas, até a exaustão!
Quero ser discutida por pacifistas, anarquistas, ateus e espiritualistas!
Exijo ser protegida por ambientalistas, do mesmo modo que os golfinhos e as tartarugas!
Quero andar livre pelos campos e produzir naturalmente, o "elixir sagrado", para alimentar a minha cria.
E sempre ter leite jorrando, pacificando a terra!