AUTOAMOR

Sempre que se fala em autoamor, equivocadamente se pensa em egoísmo. No entanto, amar a si mesmo, é algo que passa longe desse sentimento mesquinho.
Autoamor, significa eleger o melhor para nós mesmos. Não confundir com realizar todas as nossas vontades, e deixar correr livre e solto todas as nossas tendências, sejam elas boas ou ruins.
Para realmente começarmos a nos amar, necessário é que busquemos nos conhecer.
Não amamos aquilo que não conhecemos ! 
Quando buscamos com perseverança o autoconhecimento, vamos nos deparando com grandes talentos que adormecidos estão dentro de nós. Também encontramos, é verdade, alguns defeitos, como a impaciência, a intolerância, o comodismo, para sitar apenas alguns.

Sem o autoconhecimento, como vou reconhecer por exemplo, que preciso domar meu apetite, que adora doces, chocolates ?
Sem me conhecer, como vou combater os preconceitos, a vaidade, ou a falta de generosidade.
Pior ainda, se me desconheço, não vou saber dos meus talentos, e deixá-los enterrados, é realmente uma perda de tempo. Significa desperdiçar o presente de viver, e um dia voltar de onde vim, sem acréscimo de virtudes, ou sem alijar defeitos. Isso equivaleria dizer que vivi uma existência estagnada.
Ao me descobrir, me reconheço, portadora de vários defeitos, alguns equívocos, mas também com virtudes.
Nessas descobertas, busco adubar o que é bom, e arrancar o que é ruim. Num processo semelhante a separar o joio do trigo.

Cada dia que consigo me modificar para melhor, seja em coisas mínimas, como por exemplo não esquecer de reciclar o lixo. Ser mais paciente na fila do supermercado. Vou me percebendo melhor, e me amando um pouco mais.
Me amando mais, passo a eleger o melhor para mim. Resolvo balancear minhas refeições, escolhendo com mais qualidade o que vou comer. Me abasteço de leituras edificantes, assim enriqueço meus conhecimentos.
Torno-me mais seletiva quanto ao que escolho para assistir na tv, privilegiando um lazer com qualidade. Busco usar a palavra falada ou escrita, de maneira edificante.
Faço um balanço. Me analiso e me sinto muito melhor comigo mesma hoje, do que estive há um ano atrás, no mês passado, ou no dia de ontem.
O autoconhecimento traz com ele, a possibilidade de me fazer cultivar o melhor que há em mim, e alijar os defeitos, que nada de útil acrescentam. 
 Quem mais ganha nesse processo, sou eu mesma, e por tabela todos que comigo convivem. Pois, só dou ao outro daquilo que possuo. 


(Imagem: Lenapena)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 28/04/2015
Reeditado em 28/04/2015
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