"Fatos"
As flores não são mais as mesmas,
A brisa não sopra como antes,
A luz já não vem das velas
E a vida se passa em instantes...
Dor... Angústia... Ódio... Sofrimento...
A mulher que grita de prazer
Por mais uma noite de sexo nojento
Crianças choram secas,
Pois lágrimas não mais têm,
Velhos se arrastam pelas ruas,
Pois velhos, não têm mais ninguém.
O dinheiro que antes sustentava,
Agora comanda a vida do burguês
E à sua sombra apodrece o mendigo,
Esmolando um pouco mais de embriagues.
Uma sociedade repleta do mal
Que conquista cada vez mais vitórias,
Uma sociedade repleta de múmias
Que conquistam cada vez mais derrotas.
“Bem aventurados sejam os senhores do progresso...
... Esses senhores do regresso”
(Bruno Mariano Cavina)