Um pouco de História
 
   Sorem Kierkegaard, o precusssor do Existencialismo moderno nos conta uma pequena história que poderá servir de introdução a este nosso tema.
   Em certa aldeia fora armado um circo, o qual possuia um palhaço extremamente engraçado, com cujas pilhérias e pantominas se regalava o povo simples da região. Um dia, quando todos os habitantes da aldeia estavam ausentes, trabalhando no campo, o palhaço notou que o circo estava pegando fogo e o incêndio ameaçava alastrar-se pela aldeia inteira. Saiu então correndo, para alimentar  os habitantes e conclamá-los para debelar o incêndio, mas o povo, ao ver o palhaço correndo e gritando, pensou que se tratasse de mais uma de suas pilhérias e pôs-se a rir às bandeiras despregadas, continuando depois tranquilamente a executar as suas tarefas, sem se importar com os gritos de desespero do pobre homem. Escusado será dizer que o fogo, de fato, consumiu tudo, na infortunada aldeia. É o que vem acontecendo atualmente, no mundo moderno.
   O circo também está pegando fogo, e bem perto de nós. Cuba, já incendiada, é um montão de escombros em que se sepulta a liberdade.
  O Uruguai é hoje como um monte de feno sêco a que centenas de tochas ameaçam com suas chamas. A Bolívia, o Perú, a Colômbia, a própria Argentina, mal dão contas de apagar a tempo as centenas de focos que tentam alastrar-se pela terra toda.
   Mas quando uma voz se levanta, bradando o alerta salvador e conclamando para o esforço comum que poderá debelar o incêndio e salvar a Pátria, há quem tente transformá-la num alerta de palhaço, num rebate falso, num susto de neurótico ou, pior ainda, numa cortina de fumaça para esconder objetivos escusos. 
   Diz-se que não há pior cego do que aquele que não quer ver. Não há também pior surdo do que aquele que não quer ouvir. Sim, porque os propósitos dos incendiários é tão claro, tão meridiano, que somente a má-fé poderia fazê-los negar a evidência.
 A má-fé, cientificamente preparada nos laboratórios de Moscou, Pequim ou Havana, sob a tríplice máscara de mística revolucionária, de interesse do proletariado mundiar e de desenvolvimento nacional.
  Embora já tenha sido fartamente comprovado, por argumentos irrespondíveis, que o comunismo tal como se pratica na União Soviética e seus satélites, em Cuba ou em Pequim, não é realmente uma ideologia no sentido autêntico da palavra; muito embora se tenha demonstrado à farta que há tanta diferença entre o Marxismo pregado por Marx e o Comunismo de Ksiguin, Maó-Tse-Tung ou Fidel Castro, como entre o fogo e a água; o condicionamento cerebral efetuado pela máquina de propaganda cubano-sino-soviética. É tão perfeito, que há gente que morre por um ideal que não passaria de simples miragem, se os seus desastrosos e terríveis efeitos não se fizessem sentir tão dolorosamente no próprio cerne do mundo moderno.
   Muito nos poderíamos alongar neste assunto, se o tema fundamental de nossa tema não estivesse definido pelo adjetivo "CONFESSADA",  Ação comunista internacional confessada por Moscou, Pequim e Cuba.
                         
                                            Primeira Parte

   Primeiramete, vejamos o que entereremos aqui por Ação Comunista Internacional  Sem perdermos o nosso tempo com considerações de falsas aparências ou de sofismas já desmascarados, podemos definir como Ação Comunista  Internacional "A Ação que visa à consecução de um único objetivo final: A destruição da democracia e a implantação da ditadura comunista".  Esta linha estratégica tem comportado, no tempo e no espaço, diversas linhas táticas que melhor se adaptem às diversas conjunturas de cada País, região ou área sócio-política-econômico.
   Daí a exploração de temas básicos vários, como coexistência pacifíca, neutralismo, nacionalidade, anticolonialismo, ou a violência como única forma de destruição do mundo capitalista.
   O objetivo final e as linhas táticas não como resultado a linha política, comandada por Moscou, Pequim e Havana, que bem variam quanto à forma e à adaptação em lugares e circunstâncias diferentes, não fogem, de modo algum, à base comum e apresentam sempre as mesmas características.fundamentais. 
   A linha de conduta do comunismo mundial oferecem dois aspectos: a Rússia adota o procedimento pacífico, tornando mais maleável a aplicação de ideologias, com finalidade de fortalecer o seu  poder interno e ampliar as suas atividades econômicas externas, preocupa-se em infiltrar ou dominar os governos. 
   A China prega ostensivamente a destruição do mundo democrático através de meios violentos, ao contrário de Moscou, Pequim se preocupa com as massas.
   Assim a China tem concentrado suas atividades na propaganda dos processos revolucionários violentos, na preparação de agitadores e guerrilheiros.
   A estratégia subversivva emanada de Havana, ao contrário do que parece a muitos, não é essencialmente Cubana e sim de orientação Russa, pois face a política de coexistência pacífica, a Rússia não pode patrocinar diretamente a subversão por meios violentos. Assim, ela usa Havana para isso, pois não pretende abandonar, para ceder à China, a liderança desse tipo de movimento, principalmente na América Latina. 
   Não obstante Cubanos e Chineses defenderem a mesma estratégia de isurrreição, têm divergências quanto à tática militar, enquanto Fidel Castro concentra sua tática na guerrilha, que pode substituir o partido, os Chineses colocam o partido como instrumento de processo revolucionário. Entre os múltiplos instrumentos aplicados, encontramos:

1) O Partido Comunista – cujos objetivos são claros e precisos e cujo comando e linha de operação claramente o vinculam a Moscou, Pequim ou Havana;

2) As frentes internacionais são organizaçõs que, sem apresentarem ser francamente comunistas, auxiliam os propósitos do movimento comunista internacional, ou servindo de ponte, ou aliança tática, ou de cobertura ou veículo de propaganda, ou para informações sigilosas ou para treinamento de líderes, obtenção de fundo para o Partido Comunista ou então como caldo de cultura favorável à agitação; sua filiação a um dos três polos do comunismo é evidente, inclusive pela própria localização de suas sedes;

3) As representações diplomáticas, como está fartamente provado e já consta como um dos assuntos corriqueiros dos jornais, as representações diplomáticas da Rússia, da China e de Cuba são verdadeiros ninhos de espionagem e de estímulo às atividades subversivas nos paises em que funcionam.
   Entre outras atividades especifícas exercidas através das representações diplomáticas, temos: os BUREAUX de informações, com distribuição de farta propaganda favorável aos paises comunistas, as Agências Notícias para a imprensa diretamente controlada por Moscou, as missões comerciais, tudo isto abundantemente utilizado no sentido de captar adeptos para o comunismo. E ao lado disso, a espionagem em alta escala, de informes econômicos, militares e outros.
   Quando não é possível fazer este jogo dentro da legalidade, isto é, quando o Partido Comunista está fora da lei e o país não tem representação diplomática no país-alvo, então se faz clandestinamente, sem contar as atividades que se exercem através das representações diplomáticas de países satélites ou mesmo de países não comunistas ou simpatizantes.
   A principal atividade se fará então através das frações partidárias e por meio de infiltração nos órgãos e organizações de massa, como, por exemplo, clubes, sindicatos, partidos políticos, etc, E uma das fomas mais preciosas e eficazes de infiltração é a que se realiza dentro dos órgãos do governo, como ministérios, tribunais e outros órgãos. Aqui vale ressaltar ainda uma forma jamais suspeitada de infiltração, jamais suspeitada se não tivesse sido revelada pelos fatos: a lamentável infiltração comunista nos órgãos religiosos. Com efeito, tem sido comprovado à farta que também na fileiras do Clero se tem assinalado pronunciada infiltração de elementos, ideias e propósitos comunistas, não obstante todas as negativas das autoridades religiosas. 

                                           Segunda Parte

   Como resultado de vigilante, permanente e corajoso trabalho oposto à avassalante onde do movimento comunista internacional, chegamos à conclusão de que todo o trabalho por este desenvolvido, em cada um de seus setores de atividades, é diretamente orientado, controlado e fomentado por um dos três polos mestres da ditadura comunista. Milhares de documentos aprendidos, confissões de subversivos presos, declarações, memórias e retratações de comunistas arrependidos, são às toneladas as provas que temos da responsabilidade direta de Moscou, Pequim e Havana nas atividades do movimento comunista internacional. Não resta a mínima dúvida, portanto, de que se trata de réus convictos, mas seriam, na verdade, réus confessos? Sim, e vejamos como:

a) Pela confissão do próprio Lenine: "É preciso usar todos os estratagemas, enganar, empregar os processos ilegais, às vezes calar e outras vezes vendar a verdade. Em todas as organizações, sem exceção, devemos criar núcleos comunistas, abertos, se pudermos, secretos se for preciso".

b) Por Dimitri Z. Manuilsky, ex-presidente do Conselh9 de Segurança da ONU na escola de Lenine: "A guerra sem tréguas entre o comunismo e o capitalismo é inevitável. Hoje, evidentemente, não somos bastante para atacar, nosso momento virá de vinte ou trinta anos, para vencer, precisaremos do elemento surpreza. A burguesia deverá ser adormecida. Começaremos então por lançar o mais espetacular dos movimentos de paz que jamais existiu, ele terá proposições eletrizantes e concessões extraordinárias. Os países capitalistas, estúpidos e decadentes, cooperarão com a alegria em sua própria destruição. Eles saltarão sobre a nova ocasião de amizade. Assim que sua defesas forem esgotadas, nós os emagaremos com punhos fechados";

c) O relatório deo VII Congresso Mundial do Komintern: "Todos os rodeios, todos os ziguezagues de nossa política não têm senão um fim: A Revolução Mundial.

d) Declaraçõs de Linine: "Em nossa luta pelo poder, não podemos nos deixar levar por princípio algum. É preciso estarmos dispostos a qualquer truque, ardil, métodos ilegais, mentiras".

e) "Se pela obra comunista for preciso exterminar nove décimos da população, não devemos recuar diante destes sacrifícios". (Linine)

f) "MAO-TSE-TUNG, inúmeras vezes, quer em seus livros, quer em seus escritos ou discursos, afirmava alto e bom som a intenção clara da China Comunista em estimular, fomentar e auxiliar os movimentos comunistas em todo mundo. 

g) Fidel Castro faz o mesmo, a casa passo, com relação aos países da América Latina. Sua interferência nos assuntos do Chile foi clara, descarada e ainda perdura. Não faz muito tempo, lemos nos jornais as declarações do Ditador Cubano, incitando o povo Uruguai à luta armada, no caso de perder o Partido Comunista as eleições naquele País.

h) A infiltração comunista na Igreja foi ordem direta do Kremlin, através de instruções dadas pelo PCURSS a todos os PC do mundo, inclusive a da entrada de comunistas para o Seminário e, assim,, através, desses elementos conseguir a agitação e propaganda comunista entre os padres.

I) Semelhante a esta foi uma ordem emanada de MAO-TSE-TUNG para o ingresso de comunistas nos Seminários Budistas e nos Mosteiros do Tibé.

   Como se trata de assunto extremamente chave, citamos aqui a integra da recomendação do PC Francês (Em tudo semelhante às dos PC da URSS e de Cuba): "Enquanto formos mal equipados e não tivermos educado convenientemente as massas, atacar frontalmente a Igreja será o mesmo que lhe dar um poder ainda maior. A linha de ação a seguir contra a Igreja consiste em instruir, em educar, em persuadir. Devemos empreender a luta dialética no seio da religião, no meio dos militantes. Progressivamente substituremos o elemento religioso pelo elemento Marxista, gradualmente transformaremos a consciência, de modo que os católicos, por um movimento próprio e por sua própria conta, venham finalmente a destruir as imagens divinas que eles mesmos haviam criado. Tal é nossa linha de ação na luta pela vitória contra a Igreja Católica Contra-Revolucionária" (Boletim do "Cercle des Entreprises, de 18/12/60).
   Esse interesse relativamente recente de Moscou, Pequim e Cuba pela subversão religiosa é algo de muito sério, pois já produziu seus frutos políticos no Chile, onde Allende, declaradamente comunista, foi eleito graças à formação sistemática da consciência católica do povo Chileno!
    Seja-nos lícito, enfim, recordar aqui o movimento ou a Ação Comunista Internacional, toma para todos nós o aspecto de um inimigo a combater. Estamos evidentemente em uma guerra com eles: Guerra Subversiva, Guerra Revolucionária, que ele nos move sem quartel, usandso contra nós algumas armas indígnas, mas armas que nos ferem e que nos destruirão, se snão nos precavermos contra elas e neutralizarmos os efeitos de seu poder ofensivo. O desmedido orgulho da mal aparentemente triunfante fez com que os nossos adversários perdessem a cabeça, expondo claramente diante de nossos olhos todos os seus planos de combate, a estrutura de suas Fortificações, de suas fortificações, a situação de suas linhas de batalha e a posição de suas forças. Sabemos pelas suas próprias confissões, o valor que dão aos seus tratados, tudo enfim que se refira à sua estratégia e às suas táticas de guerra. Muitas nações democráticas do mundo confundiriam esta manisfestação diabólica do orgulho comunista com uma tática apenas despistatória e hoje lamentam amargamente a sua cegueira, debruçada sobre o cadáver da própria liberdade. 
   O Movimento Comunista Internacional pode ser comparado a um ICEBERG, do qual apenas a citada parte emerge à superfície das águas, enquanto que o restante permanece oculto. A parte à vista é o PC, fração ostensiva. O restante representa a parte clandestina e ilegal do mesmo. O problema todo está na parte submersa, da qual só sentiremos a presença depois do choque, se não tivermos cuidado. 
   Cabe aos Serviços de Informações a árdua e permanente tarefa de identificar, acompanhar e prever as manobras solertes de penetração subreptícia em todos os setores da sociedade, da mais bem montada máquina política que o mundo jamais conheceu. 
   A dolorosa experiência tem comprovado que os comunistas tem cumprido estritatamente seus planos estrategicos, seus programas e suas ameaças. Acostumados a ouvir tantas mentiras, tantos sofismas, tantos embustes, não nos iludamos quanto à habilidade da parte essencial de sua estratégia e de suas linhas táticas, tão orgulhosamente por eles mesmos confessadas.
   Não nos deixemos embair pela enxurrada de propaganda despistatória de que se valem para encobrir seus propósitos manifestos, e ataquemos sem piedade os ninhos onde as víboras se reproduzem, seja lá onde for que eles se localizem.


                                    José Cesário Gonçalves
                                           Coronel da FA
B
                                               (24/11/l978)
José Cesário Gonçalves
Enviado por RG em 14/05/2014
Reeditado em 16/05/2014
Código do texto: T4806206
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