Kera e Tânatos no divã de Freud
O destino dos homens, aqui representado por Kera, e a morte representada por Tânatos são duas etapas conseqüentes. Entre estes existe a escolha. Não é muito complicado entender que cada dia morre para o nascimento de outro assim como o ser humano passa do estado de “Kera” para o de “Tânatos” quando toma uma decisão. O caminhar ou trilhar um destino exclui ou “mata” o outro caminho. Não quer dizer que uma escolha errada seja impossível de contornar, significa apenas que o retorno à condição inicial será mais longo e exigirá, no mínimo, o dobro do tempo. “Kera” e “Tânatos”, ou seja, o caminho e a “morte” estão presentes no nosso dia a dia, quando “aprendi a morrer” passei a viver melhor. Isto é morri para tudo que me atrasa, tudo que me faz mal, tudo que não me torna melhor, tudo que não me torna mais útil, morri para pessoas que entram na minha vida sem pedir licença. Aprendi a não “me autossabotar” se é que este termo existe; espero que a gramática dê licença à poesia em prosa neste momento. Se “Kera” quer dizer caminho ou destino, a partir de hoje pretendo escolher o que me torna mais liberto da vontade dos outros; assim, de acordo com tanatologia, terei aprendido à morrer uma vez que o presidente da minha vida sou eu. A morte chega mais perto todos os dias, logo vivendo eu estou morrendo e vivendo como eu quero estarei investindo (e não perdendo) meus preciosos minutos construindo meu patrimônio de coisas boas.