SONHOS MORREM. ACORDEM GIGANTES.

Eu me lembro do quanto chorei a morte do Tancredo, não só pela morte de um símbolo de nossa “vitória” contra a ditadura, mas pelo fim de um sonho de um Brasil mais democrático, sim o sonho, meu sonho terminou ali.

Terminou quando o exército determinou que quem assumiria seria o vice Sarney, ao invés do nobre Ulysses Guimarães, que pela constituição seria o sucessor, não o sonho morto pelo representante das oligarquias que assumiria o poder com o aval do exército, mas morto pelo assassinar da constituição.

Foi um dos sonhos que morreram pela minha vida de cidadão, o primeiro mas não o último.

Morreu outro quando o povo, o povo, se deixou ser manipulado pelos meios de comunicação, o maior deles a Globo, elegendo um cara de saco roxo, Collor, surgido do nada? Antes fosse. Surgido na verdade da mesma oligarquia de famílias que mantém o poder do país desde sempre. Mas o povo e a mídia que não recebeu seu quinhão, tiraram o roxinho da presidência, mas ele nem ficou com vergonha, já tá ai de volta e pasmo vejo que votam nele.

Veio o Itamar, com o Fernando Henrique e o plano real, algo que resolveu parte de nosso problema, sem dúvida o melhor plano econômico de nossa vida republicana. Mas faltou o social. Cadê o social senhor sociólogo? Isto te derrotou nas urnas.

Veio Lula, este sonho nem era meu, mas era do meu compadre, do vizinho, do cara na rua, quase que do popular, embora este por definição do Veríssimo, não deva ter sonhos políticos, senão deixa de ser popular. Por momentos sonhei junto, mas pra ser acordado de novo com a falta de cumprir promessas, do plano de permanência no governo que fez o mensalão ( ou que o justificou ), a corrupção existia? Sim, mas não institucionalizada como ficou. Permanece um pesadelo, morre outro sonho.

Nova presidente, novo sonho alheio, nova ingerência, novo pesar. É! Nem sempre o novo é bom, principalmente quando vem juntinho com o velho pesadelo Lula, Sarney, Calheiros? Dilma? Pensei que ela assumiria de forma independente, que se libertaria, mostrando a força da mulher rebelde que sim, mulher que faz. Sonho morreu de novo. Pesadelo se repete.

O Gigante Acordou e eu volto a sonhar, mas vou sonhar gritando, agitando, criticando para não deixar dormir, nem ao Gigante, nem a mim, não quero mais sonhar, quero ajudar a fazer acontecer.

Guilherme Azambuja
Enviado por Guilherme Azambuja em 05/07/2013
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