DESPEDIDA - Até breve navegantes.

E em uma bela manhã de domingo, acordei cedo, incomodada, sentindo que algo estava me sufocando.

Era a vontade de escrever.

Sempre senti necessidade de que as outras pessoas soubessem o que eu pensava como me sentia com relação a elas e o mundo ao meu redor, tanto é que um amigo sempre reclamava das minhas “bíblias” em bate papos casuais, gostava sempre de explicar com detalhes o porquê de eu ter saído para trabalhar usando uma blusa laranja numa segunda-feira ensolarada.

Natural essa libriana vontade de perfeição.

Necessidade librianótica também é a de RECIPROCIDADE. Penso eu, que este foi o maior motivo pelo qual iniciei essa minha viajem textual.

Se gostava, eu falava.

Se não gostava, eu falava também.

Se estava chateada, aí é que falava mesmo.

Exigia esse mesmo comportamento dos demais.

Minha sinceridade acabava por não ser bem recebida. As pessoas tinham medo de falar a verdade, de dizer o que sentiam, de parecerem ridículas.

Que mal teria parecerem ridículas as vezes?!

Ou talvez fosse desinteresse, preguiça...

Ué, cada um escolhe o que lhe é conveniente.

Respeito as escolhas....as escolhas JUSTIFICADAS ou JUSTIFICÁVEIS.

Ok, não é impondo os MEUS conceitos que eu vou modificar os conceitos alheios.

Daí vim pra cá. Escrevendo correria menos riscos de que a minha sinceridade exacerbada fosse mal interpretada ou não tão bem recebida pelas outras pessoas.

Mesmo aqui, confesso, sempre quis que me lessem, cada texto foi feito para "alguéns":

“Oi, estou aqui, fiz esse texto pra você, é sincero, por que você não me diz o que pensa?!”

Não havendo as respostas que EU queria, passei a me achar desinteressante.

Resolvi então dar um tempo na batalha, vim me despedir e agradecer a todos os que dedicaram um tempinho para lerem meus “causos”

Li muita coisa boa por aqui, escritores de VERDADE, muita gente inteligente. Realmente me orgulho de ter feito parte da vida de alguns.

Vou parar por um tempo, talvez volte algum dia, MELHOR, espero eu.

Foi uma honra COMPARTILHAR, um pouquinho de mim com escritores maravilhosos.

Vai me dando um aperto no coração, uma vontade de chorar... Deve ser a TPM, rsrs.

Pensei apagar os textos que já havia escrito, mas não.

É o que sou e o que pensei, vai ficar para que eu possa, às vezes, matar a saudade.

Fica então o meu carinho, o meu obrigada, confesso haviam muito mais coisas a serem ditas, mas vou guarda-las para mim.

Um dia, quem sabe, alguém se interesse por essa loucura.

Forte abraço a todos.