AMOR: A VERDADEIRA DOENÇA

     Acredito que nunca escrevi nada parecido com o que vou escrever, mas tenho a certeza que o faço pelo simples motivo de precisar também falar, mostrar não só para os leigos, mas para mim mesmo que o amor não escolher a quem.
     As pessoas são tão complicadas que se julgam no direito de deter o poder de apontar, ferir, suspeitar, e até mesmo de estabelecer a quem devamos amar. Sabe aquela história que o mundo está muito avançado e a tecnologia chegou para abalar ou que não há mais guerras como antes? Pois então, o mundo avança e o homem está ficando no meio do caminho. Eu li alguma coisa um dia desses que dizia que os homens das cavernas, muitos do mesmo sexo, se amavam e se beijavam e não eram criticados por isso. Evoluímos?   Grandes guerras como a primeira ou a segunda, a punição era em massa para aqueles que não seguiam as regras da guerra, e hoje ela é individualmente silenciosa e cruel. — A guerra onde se luta só é bem pior. Pessoas ceifam suas próprias vidas por causa do vizinho turrão que não aceita o diferente. O vizinho turrão vive e o bailarino clássico morre — trágico assim.
     Às vezes penso que não pode ser verdade essa história de curar quem ama o igual — como assim curar? — talvez tenhamos que curar o homem, a raça humana está doente por demais, pensa pouco e age muito — um corpo só funciona bem, ou melhor, só vive se a cabeça estiver sadia. Eu queria me preocupar com o tema, mas é tão insignificante que não tenho espaço na minha agenda diária. Vamos encontrar a cura para tanta violência mundial? Que tal descobrir uma poção milagrosa para curar pedófilos? Pedofilia é crime ou doença? Homossexualidade é doença ou voltará a ser crime? Muitos dizem que é moda, mas também não concordo, pois não se pode guardá-la em um cabide para ser usada na estação seguinte. Sabe o que está acontecendo? Um mar de hipocrisia banal. A bandeira “gay” não era para ser colorida, mas sim preta, em estado de luto durante esses dias.
     Acho melhor tentar falar do amor, mesmo complexo, acho mais fácil. Imagine você amar alguém que não pode ter? Se o amor é um sentimento de troca, como seria improvável duas pessoas se amarem só porque dividem o mesmo sexo? Gostar de alguém está além de perceber a qual gênero essa pessoa é.  — Não temos tempo para isso nessa vida. Tudo bem que um monte de palavras diz que ao verdadeiro amor dá-se entre um homem por uma mulher, mas não diz caso isso não dê certo o que fazer. Curar, punir? — sempre existe uma exceção à regra.
Sabe o que é mais inquietante? É pensar que milhares de casais que seguem os padrões de família abandonam crianças que lá na frente serão adotadas por doentes gays, isso é muito inquietante. Lá no fundo eu gostaria de ser uma dessas crianças adotadas por esses casais doentes só para poder agradecer por tê-los como pais — simplesmente por isso — e eu os acompanharia em todas as consultas médicas da cura, só ficaria torcendo para isso não acontecer, pois eu iria morar com quem agora? Voltaria para uma lista dos “não doentes”.

     Paro por aqui só para dizer que: ame, e não pense em se curar nunca, porque a cura seria o fim de uma vida, o fim de quem realmente você é, e se você chegar nesse estágio, de fato você não terá mais tempo para se curar, pois terá o mesmo fim do bailarino clássico.
ALEX SANDRO PETROCELLI
Enviado por ALEX SANDRO PETROCELLI em 27/06/2013
Reeditado em 28/06/2013
Código do texto: T4361717
Classificação de conteúdo: seguro