UMA REFLEXÃO SOBRE A CAMARA DE VEREADORES E O VERDADEIRO PAPEL VO LEGISLADOR.

AMARGOSA 23 DE MAIO DE 2013

UMA REFLEXÃO SOBRE A CAMARA DE VEREADORES E O VERDADEIRO PAPEL VO LEGISLADOR.

Senhor Presidente, Senhores Vereadores(as), sinto-me neste momento em nosso espaço, como cidadão deste município, para dizer/expressar algumas palavras que há muito tempo vem me provocando. Pois, reconheço/percebo que esta CASA é lugar adequado para esta conversa e\ou comunicação. Vejo aqui nesta Câmara de Vereadores, o lugar da cidadania, lugar da construção, do diálogo, da legalidade, do direito, dos deveres, da organização social, lugar da discussão dos problemas da comunidade, lugar da avaliação da gestão pública, lugar da construção de proposições políticas e sociais, lugar de construção não para, mas com a comunidade, lugar das reivindicações, acima de tudo, este lugar representa à ética, o respeito, a dignidade e os anseios de um povo, pois estão aqui neste lugar “SAGRADO” os representantes do povo, de uma população e de uma gente que deposita ou depositou toda confiança a quem o representante.

Aqui Nós somos representantes de partidos políticos com suas ideologias, somos homens ou mulheres de negócios, administradores, e/ou políticos. No entanto, antes de tudo isso, é importante compreender que somos pais, mães, irmãos(a), companheiros(a), filhos(a) e que todos nós pertencemos a uma sólida família de mais de trinta e Cinco mil habitantes. (35.000). Contudo, nenhum governo e nenhuma fronteira poderão mudar esta realidade. Diante disso, caros Vereadores, percebemos o grande e intransferível compromisso social e político, que neste momento, cada um assumiu de nós assuminos com o povo independente da ideologia partidária.

Contudo, vivemos numa sociedade que, de forma geral, traz em sua formação alguns princípios e valores que ainda vivencia aspectos coloniais, ou seja, poderíamos dizer que, para o século XXI, seriam atrasados. Diante disso, precisamos evoluir politicamente.

Percebe-se, neste contexto, o distanciamento da comunidade a este espaço legislativo. Por conta disso, cabem algumas importantes questões: Por que isto acontece? Que estratégias são usadas para atrair a comunidade? Por que os cidadãos se recusam efetivamente, a vir a este espaço? Que tipo de diálogo e comunicação é promovido neste espaço que não consegue motivar as pessoas a estarem aqui para discutir os problemas sociais e da comunidade? Qual o lugar das instituições, das organizações sociais neste espaço? Pensemos sobre isso!

Temos uma organização política, (todos os partidos políticos) em nosso município que merece ser analisada/discutida/compreendida por todos, pois, é difícil legislar para uma população sem que saibamos minimamente a estrutura político-partidária do município. Compreendendo este movimento, contudo, saberei me posicionar diante das questões/problemas/desafios que virão no processo legislativo e sua importância para a gestão pública. Dessa forma, compreender a história política de nosso município faz necessário e isso trará olhares diferenciados da política e do fazer política pública. Será que conheço a história política do município ao qual represento?

Não posso deixar de pensar nas leis criadas/construídas neste espaço legislativo, pois, é preciso entender que elas precisam/necessitam refletir a comunidade. Assim sendo, a força motivadora de qualquer tipo de LEI, proposta e outros devem nasce junto à população. Nenhuma lei, proposição e outros instrumentos de direitos e deveres, devem surgir a partir do meu ponto de vista pessoal e individual. As leis tem uma função social indiscutível, por isso, elas precisam ser feitos/construídas a partir da realidade que conheço e experimento.

É preciso pensar/refletir/criar proposições sobre temáticas relevantes neste contexto de vivência. O homem e a tecnologia, a sustentabilidade local, uma proposta de agricultura, assistência, educação e saúde sustentável, o esvaziamento da roça (zona rural) e sobre a implicação e aplicação das ciências, visando assim, a criação de um novo modelo de sociedade, tornando o cidadão contextualizado com o mundo em que vive. Sabendo, portanto, que o ser humano não é o único habitante da terra, mas que a perpetuação de sua espécie e demais dependem de suas ações do presente.

“Não penso que possa decidir se uma ação é correta ou errada, sem ter em conta os efeitos, o que ocasionará, que impacto tem nas pessoas, nos animais ou no planeta”, Piter Singer. Isto posto, o autor, neste pensamento, chama a atenção para a importância das decisões e suas implicações sociais, antes de tudo, decidir se certo ou errado, é necessário refletir cada movimento, cada ação como legislador neste lugar.

Portanto, caros colegas, Senhores Vereadores, estou aqui para compartilhar com vocês minhas idéias, pensamentos e sugestões como vereador. Sei que o que é feito neste espaço legislativo está dentro daquilo que cada um pode fazer, o que cada um pensa e faz com suas limitações, correspondem aquilo que vocês compreendem de sociedade, poder e de política. Exigir de nós mais daquilo que fazemos é possível e é nossa obrigação como cidadãos. Apesar disso tudo, quero dizer que é necessário preparar-nos para assumir a condição de LEGISLADOR, não quero dizer com isso, que estamos despreparados para exercer a função, mas que a sociedade exige e espera representantes envolvidos nas questões sociais.

Autor: Renato de Jesus Gomes (Vereador )(PT)

Estudante da UFRB (Faculdade Federal do Recôncavo da Bahia).

RenaTto Gomes e Marcos Melo
Enviado por RenaTto Gomes em 15/06/2013
Código do texto: T4343287
Classificação de conteúdo: seguro