Senão
Uma última palavra a ser declamada
Ao final de uma jornada
Em alguns instantes
O que ficou para traz o que se espera adiante
Falar do nó da garganta?
Da noite que espanta diante da multidão
Dos dias , todos eles desde então.
Então dizer das horas de sorriso
Do canto, esquecer o pranto que lhe assombrou
Aqui não há apenas frio
Aqui houve louvor e calor
Na pele e no coração
Vivemos intensamente ou não, vivemos
E quando precisamos não sabemos o que dizer
Do se, do não senão
Senões lá longe das costas e de frente aos olhos
Por isso não sabemos o que dizer.