O dia nacional da visibilidade trans e os direitos humanos: um desafio!
Hoje, dia 29 de janeiro de 2013 é uma data importante na luta pelos direitos humanos. Direitos que envolvem o conjunto da sociedade, ainda que aparentemente não pareça para alguns. Uma luta histórica em que o PDT precisa se engajar, uma vez que foi o primeiro partido no Brasil a lutar pela política plena de Direitos Humanos, preconizado na Carta de Lisboa em junho de 1979.
Hoje é o Dia Nacional da Visibilidade Trans. De fato, as transexuais e as travestis utilizam-se desta data não apenas meramente para serem vistas pelo conjunto da sociedade, mas na luta contra o combate à discriminação.
De longe, afirmo que, dentro do movimento LGBTT, sem dúvida os setores TT's (travestis/transexuais) são os mais visados pela discriminação, dentre os demais segmentos. Alvos da deliberada perseguição, velada ou aberta, são os mesmos setores que, mesmo contribuindo com os seus impostos, não recebem a devida atenção do Poder Público.
Logo, a data comemorativa serve, sobretudo, na luta incansável pelos direitos humanos, em toda a sua plenitude. Enquanto a direita preza apenas pelos meros direitos civis, a luta é muito maior quando uma parcela majoritária de TT's, sem oportunidades reais de qualificação profissional, de pleno emprego e de educação/cultura de qualidade, são obrigadas a se sujeitarem a empregos de baixa projeção social, subempregos ou mesmo na marginalidade, via prostituição. Ou, indo além, de espaço político pleno nos partidos políticos e movimentos sociais históricos (estudantil/sindical).
A data de hoje aponta para que não nos calemos diante das graves distorções sociais e econômicas em que as TT's passam em sua plena maioria. Inclusive, dentre as reivindicações urgentes, que haja políticas públicas claras de pleno emprego e qualificação profissional às travestis e transexuais, coibindo a discriminação de orientação sexual promovido pelas empresas e instituições afins. Sobretudo, acesso pleno à educação pública, gratuita e de qualidade, com excelência.
Não precisa apenas ser TT para engajar-se nesta luta. A luta pela plena igualdade, na construção de uma sociedade verdadeiramente democrática passa pelo engajamento de todos, desde democratas-cristãos e social-democratas até à esquerda trotskista. Todos, na construção de uma sociedade mais solidária, igual e justa. E para isso, é indispensável o apoio a esta luta que é a de todos nós. Uma sociedade caquética e doente com certeza fica cega a graves distorções sociais. E as travestis e transexuais são concidadãos como nós. Irmãos! Patriotas como todos nós!
Dedico este meu artigo a todos os internautas, aos quadros do PDT, da Juventude Socialista, da Ação da Mulher Trabalhista e de pessoas queridas que aprendi a respeitar e prezar, debatendo, aprendendo e avançando. Pessoas como Rebecka França, junto com a Alessandra Ramos e gente do bem como Giowana Cambrone Araujo, Tatiana Crispim, Fernanda Moraes e Marcia Lima. Que Deus esteja com vocês nesta luta que é de todos nós. Este é o meu anseio, como quadro de esquerda na luta pelo direitos mais sublimes e ímpares ao indivíduo, portador de sonhos, anseios, lutas, desejos e aspirações.
Um grande abraço! Parabéns! Muita luta!