DITAMES DO NOVO HOMEM

Tomado por um sentimento infanto-juvenil de paixão pela humanidade, refletindo num momento de grande paz interior, minha alma foi de repente, tomada por sentimentos de pureza que logrou me transportar a um estado de amor peala vida, comparável, creio, ao que vivi na infância, quando dividia a vida entre pequenas tarefas, folguedos e brincadeiras intermináveis, sempre envolto no véu de inocência que só existe nas crianças.

Imbuído deste espírito, refleti sobre o mundo, com apego, encantamento e simpatia, julgando o mudo com olhos otimistas, acetando-o como um formidável obra de DEUS, como um menino olhando as ondas do mar num final de tarde. Depois em silencio, me recolhi e usei aquele estado de espírito elevado, para passar ao papel, ideias sobre como achava que deveria ser a vida, os deveres e direitos do homem, seus atributos, destinos e sonhos, ao que denominei, mais tarde, com razoável dose de insolência e de forma claramente atrevida, de os mandamentos do novo homem.

Disse eu, então, com a alma lavada e sobre um pico de um monte dentro de mim, olhando os vales da existência, que a partir daquele momento, a vida somente teria valor se fosse pautada pela verdade, a maior riqueza do homem e sua algema eterna. Assim, o novo homem livre das armadilhas da mentira e de posse da liberdade de ser verdadeiro sempre, conviveria com os outros homens como irmãos na verdade, pelos vastos campos da terra.

Imaginei eu, que toda esperança seria, a partir dali, uma chama igual e acesa no coração de cada homem e que de lá nunca mais deveria ser apagada.

Escrevi que o homem se quisesse ser livre, deveria se livrar dos flagelos da cobiça e da armadura da vaidade, para poder caminhar com humildade, mas altivez e sem receios, para o futuro, sempre com os pés no chão e a alma nas alturas, dentro dos limites das suas possibilidades e da individualidade de cada um, porque no futuro que começava, residiriam os seus sonhos e o futuro seria apenas o terreno de suas novas conquistas e que jamais deveria ser temido, mas ansiado.

Assim a partir de então, seria impensável não aceitar o vaticinio dos profetas de que somos de fato, irmãos e que a solidariedade passaria a ser o mantra maior que nos conduziria a todos e que levaria a humanidade a dividir o pão e nao permitir que a indiferença e o egoísmo guiassem suas ações, devendo, todos se engajar em campanhas de solidariedade, conduzidas sem fins políticos, por seus pensamentos e se engajasse em associações voltadas para o bem comum, para que a fome fosse eliminada do mundo de vez e que o único alimento escasso, que viesse a faltar ao ser humano, seria somente aquele que alimenta a alma, este ser insaciável que nos move para o desconhecido e para as inquietações da existência.

Caberia, contudo ao estado que nos governaria, por dirigiente imbuídos do mesmo propósito, a cumprir a missão, do amparo aos velhos, aos inválidos, aos desvalidos, à educação aos jovens e crianças, e que o alimento, a moradia, a saúde, fossem os pilares da construção da sociedade e jamais faltassem à mesa do cidadão.

Caberia ainda ao governo do novo tempo, como missão inarredável, sob risco de sua destituição, fornecer o acesso a todos à instrução e acesso à informação sem viés ideológico, indispensável para que pudessem, no futuro, perseguir as oportunidades por si mesmos e construírem suas vidas. Deveria ainda ser responsabilidade deste governo fornecer a motivação continuada aos jovens, com exemplos altruístas, para que seguissem na senda do bem e no estímulo à valorização das virtudes e da ética.

Incendiado em meus devaneios, fui ainda mais longe. Que somente deveriam ser considerados pobres aqueles que não obtivessem a cultura e educação e a informação necessária para entender a realidade que os cercam e assim, conseguissem distinguir o bem do mal. Bem como aos que tiverem nascido com o espírito menor e que não tivessem conseguido se livrar do peso do egoísmo e do desrespeito ao próximo, praticando a maldade, que sejam reeducados, para que assim possam aprender as virtudes, o valor da vida e a entender os valores para se viver harmonicamente na sociedade e a desenvolver o amor ao próximo e por conseguinte, ainda num futuro, quem sabe, carregar na alma, o dom altuísta da solidariedade social e resgatados, pelo novo espirito e um dia quem sabe, desposar dentro de si, o espírito da bondade, que permeará os novos tempos.

Escrevi, que o trabalho deveria ser dever de todos e o valor do trabalho teria que ter a recompensa justa, porque todo homem precisa receber a quantia que lhe permite o sustento de sua família com dignidade e seria determinado por lei, para evitar interpretações individuais e que nenhum ganho do trabalhador seja desviado a sustentar organizações de espertalhões e parasitas.

O valor do trabalho, seria, então exaltado como uma atividade sagrada e jamais deveria ser motivo de exploração do homem pelo homem, mas protegido pelo esp[irito de solidariedade universal e assim não ser mote para que ideologias rasteiras o use para que seres inescrupulosos possam por eles, atingirem seus intentos políticos e pessoais.

Contudo, o homem, assim com seu trabalho, não se olvidará dos seus deveres e obrigações de ajudar a sociedade na construção de um mundo melhor com o que estiver ao alcance de suas mãos.

Que o capital acumulado não deveria mais ser fonte de riqueza inútil e desmedida de poucos mas a partir dos limites que excedam o bem estar e a sustentação da vida de seus possuidores, deveria ele, propiciar o desenvolvimento econômico e este o desenvolvimento social e assim providenciar mais bem estar, saúde, condições de vida adequadas, conhecimento e progresso para todos, através do pagamento dos impostos pagos pela sociedade produtiva e trabalhadora e estes seriam religiosamente aplicados aos interesses estritos da sociedade. Porque na essência de todo administrador vai estar o ideário da evolução contínua dos seus semelhantes, na busca incessante do engrandecimento de todos e de um futuro sustentável aos seus filhos, que habitarão a pátria no futuro. Os capitais deverao produzir bem estar a todos e nao ao seus proprietário apenas. Assim aquele capital, que nao for aplicado em produzir benefícios para a coletividade, seria taxado fortemente.

Para os que acumularem capitais com base em atividades ilícitas, as penalidade deveriam ser, o retorno de todos os recursos auferidos ao estado para que este pudesse usufruir destes recursos em prol da sociedade, sem o que, seriam punidos condenados a usar uma identificação visível, que o identificaria como um ser em recuperação.

Assim não poderia haver perdão para os infames e egoístas, nem para os ímpios, que subtraem recursos da sociedade, em benefício próprio ou de amigos ou ainda para quaisquer fins políticos e ilícitos. Eles seriam rotulados como inimigos da nação, independente da sua posição social, credos, religião, posição cultural ou dos serviços que já tenham prestado à comunidade e ao país. Além disso, deveriam eles, mesmo depois de terem pago suas dívidas à justiça, prover algumas horas de serviço gratuito à comunidade por longos anos, até entenderem os princípios da solidariedade que regeria a nova sociedade e abandonarem de vez o espírito egoísta que os moveram a tais ações deletérias.

A solidariedade e a honestidade, deverão nortear os novos princípios e deverá ser a bandeira maior e reconhecida por todos e seria desfraldada na alma de todas as pessoas e guiaria os passos do novo homem, rumo ao bem estar, juntamente com todos os seus semelhantes.

O valor do indivíduo não mais estaria atrelado ao seu poder de compra nem a sua felicidade à satisfação de suas necessidades físicas, mas a sua capacidade de se doar ao próximo, de onde viriam suas recompensas e reconhecimento da sociedade e seria esta, a estrada que o levaria a se tornar mais humano e ter a sua realização pessoal.

O respeito às pessoas pelo estado e do indivíduo às instituições, seria fundamental e não deveria decorrer da força da lei simplesmente, mas viria da natural comunhão aos princípios éticos e de honestidade que regeria toda a nação e seria respeitado por todos. Eles seriam implantados subliminarmente em todos os atos dos governantes, nas escolas, nos atos dos homens públicos e refletiria no ato das pessoas comuns, na metodologia da educação e seria um padrão cultural, transformando-se depois em tradição e seguiria sendo respeitada pelas novas gerações, ato contínuo, por todos, sem exclusão, independentemente da posição econômica, política, cultural de cada um, mas decorreria do respeito natural que cada ser devotaria ao seu semelhante. Todos presos ao axioma de que somos todos irmãos!

Todos sob o mantra maior da nação " Existo, logo amo. Amo logo sirvo". Assim todos se curvariam sob este mandamento. Ninguém estaria acima desta lei em nenhuma circunstância.

O culto à personalidade, este sentimento execrável, que advém dos porões dos principíos ditatoriais dos estados monarquicos e autoritários, onde o homem é confundido com o estado, deverá ser combatido não pelos rigores do ferro e a ardência do fogo, mas com o avanço da cultura e do conhecimento da sociedade. O homem dirigente precisará ser defenestrado da sua aura de poder e retornar a ser apenas um servidor da sociadade, nada mais, pois no seu íntimo, no seu interior, não é superior a ninguém e está sujeito a erros monstruosos que prejudicam o paíse a sociedade. Será precisao extirpar esta aura que o poder lhe cria e lhe corrompe o espírito. O homem não poderá vassalo do outro homem nem caudatário de suas ideias, nem vítima de suas ideologias e deverá sempre estar na rampa de lançamento, a ser substituido no processo democrático, que deve ser claro e cristalino, sem máculas e regido pela tranparência e não pela vontade do dirigente. Se adulterar o processo, para permanecer no poder, o tornará vicioso e corrompido para sempre e este dirigente não será digno dele. O cidadão, não deve ser tampouco, açambarcado pelo poder da mentira, da propaganda enganosa, dos vicios e práticas eleitorias condenáveis e as promessas irresponsáveis dos candidatos, pois, senão cumpridas no mandato, estas, deverão ser o mote, para ceifar definitivamente sua carreira política, num julgamento feito por um tribunal eleito 100% pelo povo, em eleições livres, sem qualquer propaganda, pelas redes sociais e cujos candidatos a este cargo, devem advir de um conselho de sábios e venerandos da sociedade e suas indicações não devem ter qualquer particiapção dos políticos. O eleitor assim,resgatará seu prestigio e será palpável a importancia em suas escolhas, que deverão ser feitas por sua inequívoca e própria decisão pessoal, porque ele pensa e se pensa, diverge, se diverge evolui , se evolui, progride, se progride cresce, se cresce logo estará apto a fazer a melhor escolha para seu país e terá a afirmação de sua decisão refletida nos resultados de uma sociedade com mais progresso e mais estruturada.

O político dentro deste novo cenário, saberá que terá sua reputação reconehcida pelo que produzir, por sua capacidade de doar-se às causas do bem o que lhe dará um nova visão da sociedade a que serve.

Todas as propriedades públicas ou privadas, deveriam ser produtivas e produzir resultados para a sociedade e esta será a única justificativa de sua existência. O lucro será consequência da habilidade dos administradores em suas estratégias acertadas e da capacidade de produzir resultados com eficiência e baixo custo. Contudo, a procura da eficiência não deve fugir e estar atrelada ao objetivo de propiciar à sociedade o maior acesso a produtos e serviços e não simplesmente para gerar mais lucros, pois estes deverão sere limitados pelo surgimento da concorrência, que deve ser estimulada setorialmente pelo governo, às vezes com emprendimentos estatais, onde faltar interesse da iniciativa privada. Os deputados não podem ser tidos como lobistas a proteger os setores pela criação de leis viciantes de proteção ao lucro destes. O espírito deve ser de proteger o cidadão e a sociedade, nãos os resultados das empresas de determinado setor. O espírito que deve mover os empreendedores, devem estar atados ao principio de propiciar mais benefícios a todos e não ao seu grupo de colaboradores ou a si próprios. Lucro deve ser consequencia de um bom projeto bem executado e não de artificios da legislação. No entanto, a empresa deveria salvaguardar a capacidade de autofinanciamento, capaz de proporcionar investimentos necessários a continuidade do empreendimento e competitividade para criação de novos produtos mais eficientes e melhores.

As propriedades que o homem deve ter na terra, exclusivamente suas, seriam uma casa para morar, seus sonhos e sua liberdade! Outros bens imóveis devem, que quiserem possuir, ter seus rendimentos alvo de taxação para produzir benefícios à sociedade em grau elevado.

Há que se ter a consciência de que os bens materiais devem produzir bem-estar e propiciar progresso às pessoas e futuro aos vindouros e não devem servir para diferenciar pessoas, alimentar a arrogância, egoísmo e ostentação. Isto seria visto como deformação de caráter das pessoas, sentimentos que devem ser combatidos no interior de cada um pelo primado de que devemos primeiro servir para ser servido.

Um homem consciente, deverá saber, que acumular riquezas para si mesmo, deverá significar acumular conhecimento para si mesmo e para os outros, sobre a realidade que o cerca e sobre o país em que nasceu ao qual, ele deverá contribuir sempre para engrandecê-lo.

Toda atividade, de qualquer ordem, que manipulem riqueza e poder de compra, por qualquer finalidade que tenham, devem pagar impostos à nação e ao povo, de quem se servem. Seja religiosa ou qualquer outra que tenha caráter comercial.

O limite da liberdade de cada um, estará na consciência de cada um, onde começa o direito do próximo. Aprenderemos a viver como os pássaros, irmanados e felizes e dividiremos todo o espaço para vivermos e teremos todo céu para sonharmos.

A obrigação social deve estar consubstanciada na satisfação das necessidades dos co-irmãos, para que tenhamos paz de espírito e a sensação do dever cumprido.

As artes em geral, a pintura, a música, a dança e toda a arte de qualquer natureza serão armas para aprimorar os sentimentos e aumentar a dimensão humana e devem ser acessíveis a todos, assim deve ser obrigação do estado emulá-las de todas maneiras, no sentido da busca da coesão, no sentido de se afirmar a nacionalidade e evoluir sentimentos.

A justiça social, decorrerá não só do atendimento das necessidades básicas do indivíduo pela estado e sociedade, mas deverá ter consonância com sua inserção nos direitos do homem, para que ele ganhe o direito de estar, independente da sua posição, sempre sob as asas da justiça e coberto pela força das leis vigentes e a esta, subordinado. Sabendo, contudo, que nunca seremos iguais e que nenhum sistema ou regime nos farão iguais, posto que diferimos em nossos anseios, nossas habilidades, nossas expectativas, nossos planos, nossos projetos, nossos desejos pessoais e que nossa individualidade, mãe da liberdade pessoal de cada um é um bem imutável. Assim o homem, seguidor do princípio de servidão ao outro homem, não precisará de seitas ou doutrinas para se aglutinar em torno do ideal maior de servir ao próximo e poderá decidir sobre o que é melhor para ele mesmo.

Não haverá prisões, mas centros de educação e reabilitação dos espíritos egoístas e inferiores, cujos custos deverão ser pagos por eles mesmos. Longo será o processo de transformação, mas jamais chegaremos a qualquer lugar, se não dermos o primeiro passo. Deve-se dizer não ao temor de punir, sempre que este contribuir para o aprimoramento do ser. A pobreza material não deverá ser atenuante à punição dos erros de cada um, nem a riqueza do indivíduo, deve diminuir suas penas. O objetivo da punição será apenas a redenção do homem e retorno aos princípios da solidariedade e do amor ao próximo.

Toda pesquisa, todo conhecimento cientifico, serão voltados para o desenvolvimento e suporte à vida e não a sua destruição. Faremos, todos, cumprir à risca, o mandamento de Cristo de que todos amarão todos, e todos seremos amados na mesma proporção, assim como ele nos amou e segue nos amando.

O medo será suprimido das almas, pois o homem atendido em suas necessidades, contando com a brisa suave da solidariedade que o cerca, pelo amor de seus semelhantes, não terá razões para acumular dinheiro para o futuro, logo seu egoísmo não terá razão de ser e sua ambição será descabida.

O poder deverá ser exercido apenas pelos mais desprendidos, os mais desapegados dos bens materiais, aqueles que fizeram, portanto, um voto de servidão ao próximo ou à pobreza. Portanto caberá aos mais justos, mais conscientes da nova ordem e por conseguinte os mais maduros, a arte de nos governar não aos mais habilidosos, o que falam melhor, nem aos mais argutos muito menos aos mentirosos e cínicos. Um conselho de anciões acima dos matizes ideológicos e crenças espúrias, deve ser formado para ajudar os administradores na correção dos rumos do país, num conselho superior com servidão às leis, a nível federal, estadual e municipal. Eles devem vir do judiciário, da sociedade, dos trabalhadores, dos empresários e das religiões e será o mais pluralista possível. Seu poder não será corrompível e será absoluto. A honestidade será o princípio maior, meta irreprimível e busca constante dos conselheiros.

Por não mais ter a chama da ambição a lhes mover, as mazelas do poder a lhe corroer a alma, interesses pessoais ou ideologias espúrias a defender, não terão dificuldades em praticar a justiça e a equidade na sua essência. As divergências serão apenas de interpretação e dos ângulos diferentes dos pontos de vista de cada um.

A obsessão pela transparência, pela justiça e pelo desenvolvimento dos cidadãos, além da necessidade de reconhecimento de aprovação pela sociedade, determinará os parâmetros éticos do novo administrador. Jamais a força da lei, deverá ser usada para favorecer grupos, ou ideias ou ainda atender interesses excusos. Do dever e da vontade de servir ao próximo deve emanar toda a soberania.

O voto do povo deve ser facultativo e jamais obrigatório. As campanhas eleitorais devem ser apenas pelas redes sociais e embates pelo rádio e pela televisão, com custo zero para o contribuinte, onde os candidatos poderão ser sabatinados e questionados a mostrar seus planos e visões para o país ou ao cargo que almejam.

Contudo, deve haver uma sabatina prévia junto ao conselho ancião, para pré-qualificação dos candidatos, conforme o cargo disputado. O circo eleitoral deve ser reduzido às discussões das ideias e não a propagação das diferenças, das habilidades entre os candidatos, mas suas ideias e planos. O equilíbrio que devem buscar, estará na capacidade de cada um, de entender os limites e pensamentos do outro e contesta-los com argumentos críveis e lógicos. Assim seus pontos de vista, não precisarão ser confirmados por discursos vazados pelo ardor da veemência ou pela supremacia da falácia, nem reverberados pelo acinte da arrogância, tampouco haverá razão para se tentar se convencer da validade dos seus pontos de vista com o veneno da malevolência, das articulações rasteiras das ideologias, das diferenças materiais, da fé ou ainda do ódio, mas deverão eles, serem discutidos e dirimidos sob o manto da tolerância e da aceitação das diferenças. Lembrando que no reino de Deus, pastam lobos e ovelhas e sempre haverá pastos para todos.

Após o cumprimento dos mandatos, o conselho de anciões e sábios, deverão analisar suas condutas e comparar o quanto cumpriram de suas metas e promessas. No caso de uma nota baixa, ficaria o político impedido de exercer sua profissão e tentar voltar ao poder por um período minimo de 10 anos.

A noção de pais guardará em suas fronteiras, apenas a cultura deste povo, que deverá contribuir para a exaltação da diversidade, como arma de enriquecimento da humanidade e do seu conhecimento.

O homem aceitará a si mesmo como aceita Deus e a partir daí aceitará o outro homem como seu irmão, assim como os pássaros se respeitam e convivem na densa floresta e nos campos e os peixes no mar, sem impor limites, mas com todos conhecendo seus territórios. Da confiança mútua nascerá o equilíbrio e o amor entre os seres.

Serão condenados. o ódio, a vaidade, a intolerância e o rancor. As escolas deverão ensinar a crueldade destes sentimentos negativos desde a mais tenra idade. A arte deve evidenciar a torpeza destes sentimentos. Todos devemos lutar para o aprimoramento do ser humano, para que aprenda o respeito ao outro desde cedo, o valor do trabalho, da ética, da justiça e do bem.

Não haverá barreiras entre as pessoas. As pessoas serão apenas pessoas, independente do credo, opção sexual, religião e ideologias que adotem ou países que nasçam. Uma pessoa será apenas uma alma e portanto, irmã das outras almas.

Ninguém deverá julgar ninguém com bases nos seus valores pessoais, na sua compleição física, na sua idade, mas com base no aceite da individualidade de cada um. O novo homem, marcará seu novo tempo, pelo fim da intolerância. O ódio racial não fará qualquer sentido e será tão ridículo como andar nu em um supermercado, porque todos aprenderão a convivência no aceite irrestrito do próximo.

As diferenças sejam ideológicas, sejam programáticas, sejam de que credo ou que princípio forem, que origem tiverem, não deverão existir mas coexistir, porquanto não possam ser dirimidas devem ser aceitas. Lembrando que as divergências decorrem da nossa incapacidade de entender o ponto de vista do outro e da falta de habilidade de fazer o outro, de entender o nosso. As diferenças humanas são assim fruto, portanto, da ignorância e não da inteligência.

Portanto não deve haver supremacia entre os seres com base na falta de inteligência, mas devem os pontos comuns serem observados e ressaltados, pois os pontos de comunhão, contribuirão para que possamos viver com nossas diferenças e como irmãos.

Nunca ninguém deverá se valer do seu conhecimento para distinguir-se. Não há nem haverá pessoas burras, haverá apenas pessoas com menos informação e pessoas com mais informação. Deverão sempre, ensinar ao invés de menosprezar. Compreender antes de querer ser compreendido. Amar antes de querer ser amado. Doar antes de pensar em receber.

O respeito às leis naturais e aos valores e sentimentos individuais serão fundamentais neste novo tempo e determinarão novos parâmetros da nova sociedade.

A linha que costura as dores do corpo e da alma deve estar nas mãos dos que amam o próximo apenas e se aprazem em curar, em servir por servir. Assim serão os princípios que nortearão a nova medicina, sem corporativismo. O corpo não terá dono. Pertencerá a todos que tem o poder de aliviar os seus males sem colocá-lo em risco. O estado deve disciplinar as matérias conforme as habilidades de cada método e este jamais deverá por em risco a integridade física do paciente ou ludibriá-lo.

Será preciso identificar a vocação do indivíduo em servir, antes de entregar a ele a batuta de administrar o corpo do próximo e combater as suas doenças. A sua paga virá do seu trabalho e do reconhecimento dos resultados obtidos e da generosidade da sociedade para com estes provedores do bem. As técnicas de cura, sejam físicas ou espirituais, devem concorrer e ajudar-se entre si e principalmente concorrer para cura dos seres doentes.

Assim teremos todos em mente que não seremos salvos no céu e não formos salvos na terra. Para sermos salvos na terra, deveremos cultuar o amor e caminhar pela vastidão dos conflitos sem se alterar e se render ao aceite inelutável das individualidades, ciente que o amor e a tolerância permearão o espirito humano, como pregaram os mestres da filosofia, entre eles os maiores, o mestre Jesus e Sidarta Gautama, o Buda.

A procura ultra uterina da verdade de cada um, será a única angustia a afligir os seres. Assim devem prosseguir no árduo exercício de sua busca, até que encontrem as respostas que procuram dentro de si mesmos ou ainda, até que encontrem os Deuses a que se devotam em sua crenças.

10-11-2012

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 10/11/2012
Reeditado em 24/09/2023
Código do texto: T3978471
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