Reclamações Infundadas!
Nós enquanto povo, nos dedicamos muito a reclamar e reivindicar muita coisa de nossos parlamentares, sendo parte destas, as promessas feitas em púlpito de divulgação de campanhas eleitorais, das quais, muitos ainda não acompanham por ser "cheio demais" ou porque "só vou ouvir blá, blá, blá!"
De certo que somos a maioria diante ao número de nosso parlamento republicano e democrático, logo, "temos o poder" de fazer acontecer, não é? Mas será então, que podemos impedir que determinadas coisas aconteçam realmente?
Acredito que não e porque digo isso? "Nós", digo isso genericamente, pois eu e muitos brasileiros não compactuam com sem vergonhices, mas, "nós" somos quem colocamos esses camaradas, como sendo nossos representantes legais perante um mundo inteiro, quer sejam vereadores, deputados ou presidente. "Chegamos" ao ponto de reverter nossa opção por uma barganha, ou seja, (Candidato) me dá teu voto que eu te dou uma outra coisa (Eleitor) e assim caminha a humanidade como a conhecemos até os dias de hoje. Em se tratando de Brasil, a constituinte promulgada e homologada em 5 de outubro de 1988,
(" Título I
Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição."),
me garante que eu (povo) tenho o poder mas, exercido por outros, ou seja, "nós" excolhemos, "nós" elegemos, "nós" aclamamos tais pessoas, para que "intercedam" pelos nossos anseios, enquanto seres políticos e sociais que somos, quer queiramos ou não, somos seres naturalmente políticos ("O homem é, por natureza, um ser político e social [...]." Aristóteles.).
Em períodos eleitorais, vamos à comícios, debates, festividades e afins, para "conhecer" e avaliar as propostas dos candidatos e fazemos mais do que certo com tal ato, mas, após as eleições, no ano seguinte, em que tomam posses àqueles cujos colocamos sobre patamares mais altos perante à sociedade, enquanto cargos sociais e hierárquicos, pois somos todos cidadãos perante o Estado (Nação), deixamos de fiscalizar suas ações, suas petições, reivindicações. Não assistimos os canais abertos e diga-se de passagem, de transmissão obrigatória por qualquer operadora de rádio ou televisão (TV Justiça, TV Senado, TV Câmara, TV Escola, NBR e TV Brasil), em que são transmitidas as audiências, sessões e discussões das atas e pautas dos projetos de leis para os nossos municípios, estados e país, todavia, "nós", "ficamos" a assistir telenovelas, "teens" ou não, programas vespertinos (que não trazem nenhuma informação/utilidade social), programas humorísticos que massificam a população com jargões e atitudes plagiáveis, para que se façam menções à todo o tempo, alienando-os daquilo que deveria ser mencionado.
O povo, é, em sua essência e inocência, inteligentemente utilizado pela mídia sensacionalística e, não digo isso só pela "GIGANTE GLOBO", mas por toda a mídia, quer seja rádio, televisão ou mídia impressa. Enquanto assuntos importantes estão sendo tramitados e aprovados nas câmaras Brasil afora, "estamos" a ver a desgraça da família rica que passa em horário nobre e estampa os impressos, "assistimos" a história em que tudo termina bem no último capítulo da telenovela ou ainda, desligamos o rádio ou a tv e fechamos nosso jornal ou revista, quando não "tem" mais nada de "útil" para saber, porque a próxima informação é de política, de político, de politicagem.
Para o povo que gosta de jargões:
"Quem se cala, consente." Ou seja, se "nós", o povo, que detém o poder constitucional, não fiscalizamos nossos representantes políticos, nos cabe apenas aceitar que façam o que bem querem, como e quando quiserem.