Desafogo
Durante muito tempo tenho agido da forma que achei correta, sem me importar com todas as coisas erradas que acontecem ao meu redor. Mas não pude me calar por nem mais um dia, manifestei minha oposição a cerca de pequenas coisas. Percebi que minhas boas atitudes não tem valor para ninguém além de mim, e que minha demonstração e conceitos é vista como ingratidão. Enquanto eu dizia exaltadamente as coisas que estavam presas, em meu coração, comecei a sentir a voz trêmula que parecia comover meu olhar.
O mais doloroso foram aquelas afirmações "Nunca mais peça nada a mim", como se eu fosse uma espécie de ser dependente e explorador. Ela não se deu conta de que minhas palavras eram para o bem, que sua rebeldia e fúria são injustas comigo. É assim que é ser mãe?
Eu não fazia ideia do quão ruim "a maternidade" podia ser.
Ainda penso em cometer várias loucuras, mas sou tão prudente ou covarde que desisto só em escrever. As consequências pra mim são quase nulas, mas eu penso nos outros, pra ser sincera, penso demais por isso não sou reconhecida (me anulo tanto diante deles, que perco o direito de exigir visibilidade). Mas pouco irá mudar.
Não me arrependo de expressar minha vontade pela vida, o meu desejo de conservar a saúde daqueles que amo, fiz bem em falar novamente que meus sacrifícios são meus, intransferíveis e que seus benefícios não repartirei com os que morreram pra mim.
Fica a lição que eu já devia ter aprendido: estou só, independente de qualquer coisa. O Recanto continua sendo uma válvula de escape, pra poluição de meus pensamentos, aqui eu conto o nada e o tudo, descarrego meus segredos e consigo voltar à calmaria. Se tenho amigo? Tenho, mas por alguma razão minha missão é fazer com que se sintam melhor, por falta de hábito, nenhum deles me suporta de outra condição que não seja essa.
OBSERVAÇÕES: O título fora concebido com a ajuda de um amigo, Ralfy. E a categoria pelo simples fato de que, todo discurso é embebido no exagero, não necessariamente do tipo do meu, mas é. Então ficou assim!