Eleições 2012 e o meio ambiente!
Hoje, 11 de Setembro, 11 anos desde a tragédia ocorrida em Mahathan! Dia de amarga lembrança para a nação americana. Bem como um momento oportuno para introspecção sobre os destinos das diversas metrópoles e sociedades na pós-modernidade.
Oportuno o adicionar-se uma pauta ou chamada à reflexão sobre outro episódio não menos dramático, porém, sequer lembrado pela maioria dos brasileiros mesmo sabendo-se que tal episódio apresenta-se reiteradas vezes, há muitas décadas, e sem solução, ceifando vidas tão preciosas como as vidas que se perderam na tragédia das Torres gêmeas americanas.
Trata-se das enchentes provocadas pelas chuvas torrenciais que todos os anos caem e em breve cairão novamente por todos os lado sem São Paulo, no Brasil e no mundo, provocando enchentes. Enchentes que ceifam vidas, tão preciosas quanto às vidas que se perderam nas Torres Gêmeas do Trade Center, ceifadas naquela trágica implosão do dia “D” em N.Y. Ninguém é superior a ninguém.
Deixando-se N.Y, atentando-se para as semanas que antecedem ao dia “D“ eleitoral. Período este onde ocorre outra enchente- não de águas -, e sim de panfletos, jornais, faixas, plásticos, adesivos, e uma infinidade de objetos os quais são atirados nas Ruas com o objetivo de efetuar verdadeira lavagem cerebral na mente do eleitor forçando-o a lembrar-se de votar nos candidatos. O quais se engalfinham nesta luta pelo sim do eleitor nas urnas.
A mídia televisiva ou jornais de bairros os mais famosos, fervilham com suas publicações sobre intenção de votos em todos os municípios e cidades brasileiras. Na tentativa de prever os resultados: para alguns, muito esperados, para outros nunca desejados.
É compreensível tal ansiedade por parte dos candidatos em conhecerem com antecedência quais são suas reais possibilidades em convencer os milhares de eleitores a “presenteá-los” com o sim ao apertar ao botão da urna eletrônica.
O que é tremendamente INCOMPREENSÍVEL é a LACUNA ocasionada pela escassez de publicações sobre a intenção dos referidos candidatos em retirarem dos bueiros os milhares de toneladas de panfletos, “santinhos” e jornalecos nos quais relatam os feitos de cada qual em prol do município ou cidade. Escrevo intenção, pois, esperar tal ação, é utopia!
É incompreensível e inaceitável a ausência de prestação de contas consistentes, por parte dos candidatos à reeleição como prefeitos, informando a seus eleitores sobre: quantas toneladas de papel e plástico foram utilizadas na confecção de materiais para campanha política em cada Estado brasileiro. Bandeirinhas estão espalhadas por todos os lados.
E a poluição visual? E o meio ambiente como ficará após as eleições?
Os partidários do Greenpeace tem se desdobrado em pedirem assinatura eletrônica para combate ao desmatamento na Amazônia enquanto árvore em pé. E-mail solicitando-se adesão com assinatura para combate ao desmatamento na Amazônia.
Quem irá limpar as cidades destas sujeira resultante da utilização dos cartazes com fotografias dos candidatos, bandeiras de plástico dependuradas nos muros com os respectivos números dos candidatos dependurados em prédios abandonados, ou casa que os autorizam a colocá-los?
Ou tais plásticos não afetarão o meio ambiente ao serem atirados no solo?
Somente as sacolas plásticas distribuídas pelos supermercados para transportar compras causam problemas ao meio ambiente?
E os plásticos utilizados nos cartazes políticos, ou ainda utilizados para forrarem colchões e fogões nas lojas onde são vendidos, ou utilizados para agrupar garrafas plásticas de refrigerantes em fardos nos supermercados não causam problemas ao meio ambiente ao serem descartados nos lixos comuns?
Aparentemente o assunto sobre o consumo excessivo de papel e plásticos utilizados nos panfletos políticos nada tem a ver com meio ambiente.
O que é mais importante: A eleição do candidato X ou Y, ou a proteção ao meio ambiente?
Gastar-se papel desnecessário em propaganda política nada tem a ver com a preservação do meio ambiente?
Entupir bueiros das Ruas nas grandes metrópoles com papeis de propaganda eleitoral não é desperdício de dinheiro público e não causa problemas ao meio ambiente?
Uma maquiagem nos transportes que não sana problemas está circulando em SP: Há um concurso em SP para se efetuar nova pintura nos trens do metrô em São Paulo.
Registra-se aqui outra indagação de alguém que nada entende de transportes, mas, sabe como é ruim ir de Guarulhos até SP, imprensada nos vagões dos trens ou metrôs como se fosse sardinha na lata, à moda dos escravos no antigo Navio Negreiro. Com o grande diferencial: no Navio Negreiro vinham somente negros. E nos vagões dos trens modernos, negros, brancos e mestiços são massacrados e pisoteados diariamente. No massacre e desconforto da viagem todos se igualam.
Perguntas que precisam de respostas antes das eleições.
Depois das eleições de pouco ou nada servirão.
Pintura em vagões dos trens aumenta o tamanho ou número de assentos dos vagões?
Aumentam os quilômetros de trilhos?
Permite que os vagões possam transitar entre Guarulhos e SP aliviando o tráfego na Dutra e Trabalhadores?
É compreensível que os candidatos às Prefeituras de SP e Guarulhos estejam ocupados com assuntos mais importantes que utilização de papel que veio das árvores, que uma vez atirados nos bueiros, os entupirão provocando inundações.
Porém, se tiverem um tempinho, seria importante darem alguma resposta a seus eleitores.
Pedir votos é relativamente fácil.
Eleitores necessitam respostas a estes problemas:
1- é indigno sofrer com os mesmo problemas todos os anos com enchentes e quase não contemplar solução definitiva.
Enchentes que servem como tema para reportagens anos após anos em cada as chuva. Colocando-se a culpa na natureza que não tem boca nem tem advogados para defendê-la.
2-é desumano viajar-se anos a fio em trens superlotados, esmagando-se e sendo esmagado ou pisoteados a cada dia.
É compreensível que cada eleitor residente em Guarulhos, segunda maior cidade do Estado de São Paulo espere respostas coerentes, viáveis a estes questionamentos por parte dos candidatos à em suas respectivas prefeituras.
Repetindo-se as perguntas:
1-Quantas toneladas de papel e plástico foram utilizadas em propagandas eleitorais no período eleitoral de 2012?
Para onde tanto papel estará indo com as chuvas que se aproximam?
2-Propagandas via internet não seriam uma alternativa menos agressiva ao meio ambiente? Afinal, a maioria das pessoas votantes tem acesso à internet ou à TV. Pra quê tanto papel desperdiçado sendo jogado nas calçadas?
3-Quais são as propostas de cada candidato para se limpar os bueiros de suas respectivas cidades, evitando-se assim novas enchentes, após as eleições, quando tantos materiais políticos estão sendo atirados nas Ruas e bueiros durante as semanas eleitorais?
O eleitor merece tais respostas, para além de ser bombardeado diariamente com “musiquinhas” eleitoreiras vindas dos carros de som, pedindo votos para este ou aquele que ninguém conhece, ninguém viu durante os quatro anos. Só este mês a criatura mostra a cara?
Sem falar no barulho dos alto falantes com propagandas eleitorais. Lembrando que há pouco tempo houve tantas reclamações sobre o barulho das Igrejas o qual incomodavam muita gente em SP. E o barulho dos caminhões de propaganda não incomodam aqueles que impedem o funcionamento de igrejas por conta do “barulho” dos cultos, num país onde há “liberdade” de culto?
Tais temas fazem parte das eleições. Não podem ser esquecidos.