FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA REDE SOCIAL

Pesquisa em grupo e trabalho em sala com comentário do professor João Bosco

Postado em http://www.clickideia.com.br/site2/node/9694/edit, 05/09/2012, às 21:50

Analisar a história a contrapelo é o desejo de Walter Benjamin. Esse propósito se amplia na compreensão dos fenômenos sociais como complexos e contextualizados.

Não se pode ver, de modo passivo, a sociedade e, isoladamente, os indivíduos. Para Marx, este não existem sem a classe ou a luta de classes. Há a demanda de grupos que vendem a força de trabalham e outros que a compram. As trocas de forças são desiguais... A visão de mundo é a visão de classe social. Há culturas diferentes para cada classe social.

Para Émile Durkheim, não indivíduo sem a consciência coletiva, em que a centralidade de instituições existem à medida que as regras e leis firmam a condição de existência da sociedade como complexo de instituições em fluxo e legados reapropriados pelas novas gerações e consolidados pelo processo educativo. Sem isso, a sociedade vive a divisão como um mal e anomia.

Weber entende vários tipos de ações que se constituem em atos sociais no processo de relações que determinam o perfil de sujeito tolerante ou omisso. Nem toda ação em si é social, pode ser biológica...

Norbert Elias preconiza as configurações que engendram o indivíduo como produto social e fluxo de um jogo de forças e interesses cuja dinâmica terá várias possibilidades na direção e transformações dos grupos sociais. As decisões fazem parte do programa de configurações e sem tais figurações não se constituem sujeitos lá onde acontecem tais decisões, opções... O racionalismo e a burocratização refletem o processo de distribuição de poderes e estruturas cuja legitimação estão no "senso frio e na paixão calente" das decisões de cada grupo. O hábito reforça a noção de comportamento coletivo esperado ou em transformação continua e lenta na sociedade. Hoje alguns hábitos secundários se tornam visibilizados na globalização de condições sociais provocada pela economia política como novo ou outro arranjo social histórico em escala planetária.

Para Bodieu, o"habitus" evoca a intrínseca necessidade nexo entre individuo e sociedade e reforça a performance do grupo ou classe social. Ele denota a postura do indivíduo que adere ao projeto social inculcado ideologicamente. Daí a subjetividade ser a categoria de diferenciação dos indivíduos como lugar de identidades complexas e diversas.

É difícil mudar o hábito se o individuo não muda de grupo. Os valores vão variar de cultura para cultura porque traz em si hábitos e valores diferentes.

Deste modo, a análise da sociedade em rede atual - política e mediática - vai mudar de foco conforme o objeto de sua análise ou a visão do grupo em que a rede se materializa e produzir condições diferenciadas historicamente na geografia dos poderes e valores locais ou globais.