Discurso de Uma Criança que Foi Torturada.

É quase uma metáfora escrever este dito que contigo vivenciei, sem ao menos agradecer, que apesar de difícil foi incrível me libertar...

Às vezes me recordo dos absurdos ouvidos, que passavam despercebidos nos seus lábios destemidos, que gritavam numa voz impetrante quase sempre fixada na vontade de se concretizar em meias palavras.

Hoje sou uma fera descontente que passa despercebida diante da realidade que me cerca, esta que porventura me traz lembranças longínquas causando-me transtornos psíquicos que quase sempre me afetam.

Minha realidade no interior é um estória de epopéia, guiado por uma guerra sem limites...

As marcas que tenho são de flexas e espadas para não dizer que tu me fustigaras...

E num instante de compaixão que tu tiveras por mim tu me dirigia as palavras assim:

_Infelizmente aconteceu! Sou uma megera com meus conceitos para proporcionar uma alívio que sempre tem fim, estes são reflexos de meus problemas que atormentam minh'alma, e que acabo descontando num pedaço de mim.

E logo deixo de soltar a voz, a fim de causar-lhe a impressão de satisfação, e em retribuição tu dás-te em forma de silêncio, e no ar fica a falta de argumento que se tornara bem-soante, todavia somente assim consigo ouvir o canto erudito de uma estória epopéia que eu mesma criei para guardar a infância que está marcada violentamente dentro de mim.