Entre paredes
Entre paredes
Vi a maldade do mundo e me assustei,
Mãe!!! Até gritei, mas percebi que estava sozinha,
Pra onde correr, acreditava estar preparada,
Claro, se essa hora nunca chegasse.
Mas hoje não há pra onde correr, a decisão é minha ,
Não sou mais criança, há pessoas envolvidas em minhas
Decisões e nas minhas omissões.
Não pretendo me esconder embaixo da cama e esperar
Que ninguém venha me procurar, pois sei que virão,
Seja para enxugar minhas lágrimas, ou para sorrir,
Quando vê-las cair.
Prefiro sorrir, sorrir um riso, qualquer que for,
Um riso desafiador, interrogante.
Que não responda as perguntas, mas que gere buxixo.
Me sinto um fruto que amadureceu,com os raios de sol,
ao se ser arrancada da árvore.
Tudo foi instantâneo, sem tempo de titubear,
mas o que importa, é que me mantive de pé, nesse momento tão importante em minha vida.