O Audaz e O Maestro
Sou breve para o mundo de massas:
Tenho brasas para a preguiça doente!
Tenho o incêndio para queimar!
Trato de forjar minha coroa
Trato de ser rei de mim
Meu reino é força!
Você é capaz de ouvir ?
São ecos de minha arte
São cacos do baluarte
Pedaços derretidos do império:
Vivo com instinto mortal!
Me incompreendem as mentes
Me incompreende o homem:
Formem suas legiões!
Resistam!
Haha!
-Audaz
Sou peça única de xadrez
um cavalo que se locomove em éle.
mais uma das tantas peças
apenas uma peça fundamental pro grande jogo.
O jogo da vida que não é gerenciado
por nenhum ser humano coroado
mas pela natureza conjunta das coisas
das massas que percorrem na existência.
A minha arte é a arte de guerrear todo dia
para que enquanto houver dia
haja a arte para todos os seres
que desejam algo maior que parede cimento e cal.
Seja o cimento e cal das idéias
e verá que enquanto existirem pessoas que pensam
com caráter de alguem que sabe o certo
não haverão pessoas incompreendidas na Terra.
-O Maestro
Jogo estúpido!
Guerreias deitado!
Fadiga teu espírito:
Teu leito te mói!
Teu cimento e cal
Violam tua carne!
Sob teus trajes
Um cadáver!
Um piscar:
Velhos...
Pais...
Tuas idéias?
Tuas incertezas!
Minhas crias
Meu sucesso!
Tuas regras?
-O Audaz
Não tenho necessidade de regras
Sou fruto do fruto que me oferece
Sou feito do que o feito me mostra
Sou água que profunda lhe exorta.
Não existe em mim tal incerteza
Do que crio, cresce beleza
Do que trabalho, gera riqueza
Do que vejo, fez natureza.
Sucesso? Apenas existe sob o fracasso,
Toda vitória, com grilhões, arrasta um derrotado...
Gostas de criar homens a serem pisados?
És, assim, audaz em injuriar injustiçados?
Na firmeza indolente existe seu caminho.
O piscar, respeitar e envelhecer é seu destino
E o sucesso mostrar-se-á sorrindo...
...Só assim no teu ouro verá verdadeiro brilho.
- o Maestro