Descartando o descartável.
O mundo tá aí, com novas tecnologias, modernidades, aparelhos.
E tudo isso é descartável, certo? Lógico que sim! Quantas vezes já trocou de celular por exemplo, e sempre pro mais moderno, maioria das vezes?
Até que ”’tudo bem”’ de produtos ou coisas serem descartáveis (não tão bem assim, porque envolve todo o lixo que produzimos, os problemas que isso causam no planeta, mas quem sou eu pra dá super moral nisso? Só tento fazer a minha parte).
Mas é que isso atingiu as pessoas, é. Pessoas se tornaram DESCARTÁVEIS.
Meninas mais vulgares, homens aproveitando disso, pagando de machões – mulher também está aderindo à essa masculinidade, até pior que o homens; as amizades e os relacionamentos também viraram produtos modernos.
Mal começou algum tipo de amizade/namoro, já é super útil, já se desvaloriza, já se ama loucamente – e não me venha citar Vinícius de Moraes com ‘que seja eterno enquanto dure’ porque são coisas bem distintas – e mal passou algum tempo que dura esse relacionamento, já se faz a troca, tendo apenas o resto de dignidade do que foi usado.
Não quero mesmo julgar ninguém, cada um faz da sua vida como bem entender, mas…
Cansei de estar rodeada de coisas descartáveis, preciso de coisas duradoras.
Precisa-se de pessoas em que se vai conhecendo devagar, que vai entendendo cada olhar, cada gesto, sem pressa. Que isso cresça com o tempo, com todo o carinho e o afeto, mas com muito tempo.
Que não seja nescessário se expor todo pra mostra quem você ama ou não, não vai precisar dizer eu te amo o tempo todo: o olhar e o carinho vai falar mais alto.
Suspeitei isso esses dias.
Sempre tive uma pessoa na minha vida, no qual nunca precisei falar muito: trocamos confissões, medos, pipocas, lavações de louças, Raimundos, Legião, Cássia Eller, cuidados e memórias.
E nunca precisei ouvir dela que me amava, porque sabia. A gente sabe, não precisa de provas e mais provas. A gente simplesmente sabe.
E pra não falar que ela nunca me disse ‘eu te amo’, ela me disse esses dias, quando estava emocionada por conta das coisas que andei passando. E eu pensei comigo: ‘Eu já sabia. Não me preocupei nunca com isso”. Não tem coisa mais legal, sério.
Algo duradouro, acho que é isso.
Mas, infelizmente, está difícil hoje em dia, parece que as pessoas fazem questão de serem descartáveis, de parecerem superiores, quando todos sabemos que somos iguais: Sorrimos aqui, mas choramos também.
Desde já fazendo aquele ‘limpa’ na minha vida, igual quando se arruma o quarto e joga fora tudo que é desnecessário, e fica aquilo que realmente vimos que vai durar, mesmo que quebrando um pedaço ali, outro aqui, mas será o melhor sempre!
E descarto o que é do tipo descartável. Será uma ‘descartilização’ justa .