Recomendações à Juventude Socialista do PDT
Faço votos que a próxima gestão da Juventude Socialista cumpra alguns desafios:
1) Não apoiar bandeiras liberais e de direita (legalização do aborto e das drogas, agendas policlassistas, etc), ainda que sob o pretexto fajuto de "modernização" da ideologia. Ideologia é uma só, constituída de teoria, a partir de pressupostos teóricos (doutrina ou até dogma para os que quiserem). Princípios são INEGOCIÁVEIS!
2) Apoiar incondicionalmente uma educação pública e popular, onde o Estado tenha proeminência e assuma seu papel central (longe dos projetos fajutos como o REUNI, ProUNI e similares), com 12,75% do orçamento público para a educação e 50% do Fundo Social para a educação a partir da volta do monopólio estatal do petróleo, com a volta da Lei 2003/54 de Vargas; defesa intransigente dos direitos históricos trabalhistas ao povo, no privilégio do trabalho sobre o capital;
3) Apostar em uma formação política sistemática, diante da defasagem crônica e crítica da maioria dos militantes da JS, envolvendo até quadros do Diretório e da Executiva Nacional que sequer possuem um mínimo de preparo político-ideológico à altura de uma juventude ligada a um partido histórico e popular;
4) Propor uma política de relações internacionais, baseada no respeito incondicional a autodeterminação dos povos e a integração dos países latino-americanos, africanos e asiáticos;
5) Defender uma Política Pública de Juventude onde exija do Estado um papel central para a construção de uma política que abarque a fundo os 30% de jovens com idade entre 15 e 29 anos, no fomento dos direitos políticos e sociais, contra as políticas meramente pontuais, assistencialistas (no pior sentido da palavra) e de âmbito liberal-democrata/policlassista/pró-sistema capitalista.
6) Defender uma agenda LGBT diferenciada, à luz do trabalhismo, na defesa dos setores excluídos e a proposição de uma política democratizante (nos direitos sociais e políticos) - longe da mera faceta de fundo pequeno-burguês de direitos civis rasos e pontuais. Inserir a perspectiva LGBT em uma ótica realmente de esquerda, sem seguir os devaneios liberais e despolitizados do PCdoB, PSOL e PT.
7) A consecução de uma Reforma Política profunda, de escopo democrático-popular, onde reinsira o povo nas lutas políticas e permita que o mesmo construa a sua agenda popular;
8) Aplicação implacável da defesa da soberania nacional e integralidade territorial brasileiro, contra o imperialismo norte-americano e defendendo a ampliação dos recursos para as Forças Armadas.
Com a humilde aplicação destes vetores e mais da tese do XV Congresso Nacional da JS e dos documentos históricos do PDT (Carta Testamento, Carta de Lisboa, Carta de Mendes e Manifesto do PDT), teremos, de fato, uma Executiva Nacional e um Diretório Nacional que venha a cumprir o mínimo do seu papel, orgulhando o PDT. O mínimo, ao menos.
Esta é a minha última mensagem aos companheiros da JS.
Esse é o desafio. Saudações Trabalhistas!