Sorria, você está sendo filmado.

Eu ainda não sei por que nós estamos rodiados de beleza externa, se no final das contas, todos acabaremos iguais, e no inicio de tudo, todos nós éramos a mesma coisa, células.

De jeito nenhum quero minimizar a beleza, mas eu não entendo muito bem esse lance de TER que ser bonita, TER que ser magra, TER que ter um cabelo lindo.

Por que todos os meus amigos homens, quando eu venho reclamar que eu não tenho um namorado diz pra mim "Gabi, se você emagrecesse... Gabi... Se você cuidasse mais do seu cabelo" mas... se eles são meus amigos, certo?! Eles gostam de mim como eu sou, ou deveriam gostar, não é?! Então por que um menino não pode gostar de mim pelo o que eu sou, do mesmo jeito que os meus amigos gostam, mas com vontade de me beijar?

Eu quero dizer por que ninguém se apaixona por mim? E não, eu não vou me desmerecer, não vou ter pena de mim agora, nesse momento, não vou dizer que é por que eu sou gordinha, não vou dizer que meu cabelo me odeia, vou dizer simplesmente que se os meninos não se apaixonam por eu ser linda, ou linda do meu jeito, e sim por que eles não se apaixonam e pronto, acabamos por aqui.

A beleza está totalmente ligada as tristezas e crises da adolescência, é impossivel nós, jovens, estarmos totalmente felizes com o que vemos quando olhamos no espelho, e eu posso dizer que, não só nós como todos aqueles que já experimentaram da adolescencia um dia na vida.

Sabe de uma coisa, eu não sei ao certo quem eu sou, e o que eu estou fazendo aqui nessa terra, mas eu sei que minha natureza não quer que eu seja magra alta e com cabelo bom, e uma coisa eu tenho certeza, que se é assim que é pra ser, eu prefiro levantar a cabeça, estufar o corpo, ir até o salão de beleza, fazer minhas unhas, me depilar, pintar meu cabelo da cor que eu bem entender, fazer uma escova nele e de quando eu for sair, passar um lápis no olho e um gloss nos lábios, olhar pra mim mesma e dizer: Dancing With Myself. Eu lá preciso de meninos que fiquem me elogiando? Sou bem mais eu mesma, eu gosto do jeito que meus amigos me chamam, um por exemplo, diz que eu sou uma palhaça, eu os faço rir, e me orgulho disso, outras pessoas, perguntam "por que você consegue ser tão especial, obrigada por me ajudar hoje" e eu realmente não sei o que dizer, tenho uma amiga que diz "você é everything", e se, eu não preciso de meninos bobos que me falam que eu sou linda, eu posso te confessar que é muito prazeroso perceber que eu brilho no meio da escuridão sem ao menos ter que acender uma luz, que o meu carisma vale muito mais do que minha escova no cabelo, e... quem liga se eu tiver um pouco acima do peso?

"Mas espera, do que você está falando? Pára de enrolar e fala logo seu ponto!"

Certo. Vamos lá.

Por que nós sempre estamos em busca de uma perfeição externa, só de aparências, se por dentro não estamos realizados, de verdade? Por que nunca estamos satisfeito com as coisas que vem pra gente, com as coisas felizes que aparecem nas nossas vidas, por que sempre procuramos erros onde está certo? Acho que é por que nossa vida é simples demais e queremos sempre complica-las.

Sorte de nós, gordinhas que podemos comer tudo o que quisermos, mas mesmo assim, sempre teremos quem nos elogie, quem falem bem de nós, não desmerecendo as bonitonas de plantão, mas... Quando não somos "perfeitas", as pessoas não se aproximam de você pela sua aparencia, e sim pelo seu conteúdo, e sinceramente, não sei se eu tenho vontade de emagrecer para que os outros se aproximem de mim, eu gosto do jeito que eu sou, do jeito que eu faço as pessoas felizes (e pode crê: eu faço!). Eu não acredito que isso vá mudar sua vida, cara leitora, mas eu espero que consiga que pare para pensar em todos os lados de ter um corpo "perfeito", eu odeio pensar que as pessoas têm que ser lindas, mas o que é, sinceramente, ter uma barriga perfeita e nada na cabeça? [clichê, vamos tentar de novo]

Olha pra você, eu tenho certeza, uma jovem com seus inúmeros talentos e inúmeras formas de amar, por que você precisa ser como as outras? Por que você não levanta a cabeça, solta seus cabelos (quem se importa se eles forem do tipo palha), estufe o peito (quem se importa se eles forem grandes ou pequenos demais?)e diga: "Dancing With Myself" e se... se não tiver satisfeita, o que adianta chorar sem fazer nada, levanta a cabeça e vá se matricular numa academia, vá fazer uma limpeza de pele ou uma hidratação nesse cabelo tipo palha (o meu caso [y] ), o que não vale é se arrepender pelas tentativas e, o mais importante é não se acomodar com os ajustes dos outros, não é você que tem que se ajustar no mundo é o mundo que tem que ajustar a você, e não deixe ninguém te fazer pensar ao contrário, ok?

Dá-lhe pouca inspiração e muita enrolação.

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vivemos em um mundo paralelo chamado coração

Hoje eu vou escrever alguma coisa diferente do que eu escrevo normalmente, eu estou com medo com esse negócio da Capricho, por que eu não tenho facilidade de escrever quando eu TENHO que escrever, mas eu vou escrever o que me vier na cabeça, e agora eu estou ouvindo uma música da Christina Aguilera e Rick Martin, Nobody Wants To Be Lonely e eu estive pensando, é... ninguém quer ficar sozinho, mas ditados são quase sempre certos: "antes só do que mal acompanhado".

Eu decidi que eu quero me casar com meu melhor amigo. Eu quero chegar em casa, quando eu casar, esperar meu marido pra podermos conversar sobre qualquer coisa, sentar na frente da televisão e assistir Gilmore Girls, quero que quando eu tiver uma TPM das fortes, ele está lá pra me fazer dormir e dizer que me ama do jeito que eu sou, eu quero aquela pessoa que tenha quantos amigos quiser ter, mas que eu vou sempre estar em primeiro lugar.

É, acabei de descobrir o meu problema, acho que eu gosto de exclusividade.

Acho que eu preciso sofrer de amor mais uma vez, por que eu já me esqueci como é, afinal de contas, anos sem sentir o que eu senti daquela vez, com treze anos...

(só por que eu comecei a escrever isso as 19:30 e agora as 22:00 eu recebo um e mail dizendo pra eu escrever, ou seja, se eu já tive um black out antes, quando eu não precisava escrever, imagina agora?)

Certo (essa mania de falar "certo" peguei de um cara que eu tive um caso - certo, isso parece ser irrelevante, mas não é!)

Eu vim aqui falar que eu não quero ficar sozinha, como TODO MUNDO, como diz a música do Rick Martin e da Christina Aguilera.

Já venho estudando sobre formas de amor faz algum tempo.

Há 18 anos e meio, conheci o amor mais preciso que alguém pode sentir, o meu primeiro amor, meu pai.

"Saber amar, é saber deixar alguém te amar"

Há mais ou menos sete meses, conheci um amor diferente,

"we should be lovers", que passou, por que...

por que eu conheci um amor de amigo, que eu pensei que não era de amigo, e hoje é um amigo, mais do que especial, um irmão, aquele irmão, mas por que lá DIABOS eu fui confundir com amor amor? Como disperdiçar um amigo que vem na sua casa por que eu mando uma mensagem pra ele "eu preciso tanto de você" e ele diz logo depois: "Estou indo praí, primeiro, por que você precisa de mim!"

Então eu conheci uma pessoa diferente, leia-se pessoa mais estranha do que confundir amor de irmão com amor amor, e eu realmente sinto amor por ele, mas de NOVO, não é amor amor. É amor de amigo, amor de irmão. E eu vou sempre, SEMPRE ser a amiga Gabi dele. Seremos sempre assim, amigos.

Eu já conheci, um amor que é mais ou menos eterno, que todo 31 de março eu posto alguma coisa do tipo: hoje faz X anos que eu fiquei com o amor da minha vida, leia-se meu primeiro amor, por que o da minha vida eu ainda não conheci e/ou são esses amigos/irmãos.

Desse amor, o que eu guardo são muitas cartas que eu escrevi e não mandei, algumas fotos, repetidas de tamanhos diferentes, impressas de uma forma que não dá pra enxergar, um bonequinho do Vagabundo (de A Dama e o Vagabundo), conversar pelo ICQ (bom e velho ICQ), e uma certeza: um dia, tudo isso vai embora, mas ainda não chegou o momento.

De mais recentes amores eu guardo só a certeza de que nenhum foi tão intenso quanto o primeiro e cada um que passa, a dúvida se eu amarei de novo com a mesma força que eu amei na primeira vez.

Mas voltando ao tipos de amores, estava falando só das pessoas do sexo oposto.

Tem o amor que foi primeiro, antes do meu pai, o da minha mãe, que há mais de 20 anos sonha comigo (por eu ser gêmea, ela sempre quis um casal de gêmeos) e há 19 anos me sentia e me dava o maior amor de todos.

Eu tenho uma amiga, ela me ama incondicionalmente, e eu a amo pra todo o sempre em nossas vidas, e isso foi marcado com uma viagem, a melhor viagem, para o Rio Grande do Sul. E a gente se ama, sem medo, entende? A gente se entende, a gente se completa, a gente já não consegue viver sem uma e outra.

E preciso falar de outras amigas? Acho que o exemplo dessa já é o suficiente.

Se ninguém quer ficar sozinho, nesse mundo, contradizendo todos os meus sentimentos nesse momento de carência e vontade eterna e súbita de ter um namorado, eu... não estou sozinha. então qual é o meu problema?

Ah, já sei, é exclusividade, sabe.

Ter amigos, é bom demais, é necessário para minha vida mas...

Eu SEI que meus amigos tem as amigas deles, as vezes mais amigas do que eu sou deles, e eu não sou DELES, sou... de todo mundo... ou de ninguém, então contradizendo a regra que eu acabei de quebrar sobre não estar sozinha: Cadê a minha alma gêmea?

Aquele meu melhor amigo pra eu me casar com ele? Sentar no sofá coladinha nele pra assistir Gilmore Girls, ser só dele, e ele só meu?

É... Não preciso casar com ele agora, entende? Não quero casar agora, mas sim, eu quero sentar coladinha com alguém pra assistir Gilmore Girls (ou The Simpsons - que eu odeio, por acaso-), não importa, eu quero alguém pra chamar de meu, entende?

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Rótulos.

Sexta feira fui à Galeria do Rock com minha melhor amiga retocar a minha tatuagem e de repente eu pergunto: "Cadê os "EMOS" que você disse que estariam aqui de sexta feira?" Pééé, errado! Eu quase me joguei da escada rolante nesse momento! Por que logo eu, que não acredito (ou acreditava) em rótulos estava perguntando sobre aqueles tais emos?! Sinceramente, minha amiga, se fosse nela colocada um rótulo, ela seria emo, mas, desde sempre, ela manda você a @#$%* quando você diz isso, então prefiro simplesmente dizer que ela tem um estilo próprio.

Estilo próprio é o rótulo que todos esperam receber, ninguém gosta de ser mais uma "patricinha" no grupo, ou mais uma gótica, por que afinal de contas, não somos todos diferentes dos outros?

Eu gostei e vou adotar a teoria de organizar as pessoas em grupo para não causar uma pane na nossa mente, e também, para que podemos ser reconhecidos pelas pessoas com quem nos identificamos mais rápido, não podemos julgar as pessoas pelo tipo de roupa que ela usa, mas podemos ter uma idéia bem clara do tipo de vida que ela leva.

Julgando uma pessoa que se veste toda de preto, com maquiagens muito fortes em plena luz do dia, ouvindo seu Ipod, ou em outros casos seus radinhos de R$ 1,99. Eu diria que ela é anti-social, que não gosta de dar risadas, que ouve músicas tristes, não ta nem aí com o que os outros falam e por aí vai, mas depois que a conhece, descobre que o único problema dela usar roupas pretas é por que ela não gosta do capitalismo e usa preto em forma de protesto, sua maquiagem é por que ela não se acha bonita e tenta se esconder e mais: ela não é anti-social, ela só é tímida e com seus amigos ela adora contar piada e rir, mas se ela realmente não se importa com o que os outros falam de suas roupas por que se por acaso se importasse, não usaria, encontraria outra maneira de se expressar. Eu aposto que a maior patricinha do mundo está perdendo MUITO em não conversar com essa menina ou no fim da vida vai pagar muito caro por todos os dias fazer alguma maldade com ela!

E quando se tratam dos nerds? Ó, pobre dos nerds! Sempre com seus livros embaixo do braço, seus óculos fundo de garrafa, suas calças altas ou sempre aparecendo o cofrinho, "COITADOS DOS NERDS"... Já em minha opinião os nerds têm muita sorte por conseguirem ser felizes desse jeito (se eles forem felizes, é claro!). Calma, calma, não estou defendendo o rótulo que colocam nos nerds, de nerds! Eles têm sorte por que sempre que as pessoas se aproximam dele, não é por causa de sua beleza (no caso, talvez, o sexo oposto), não por terem medo de suas piadas infames, não é por nenhum motivo, é simplesmente por ser o "nerd mais legal / fofo / engraçado de todos", isso quando não acontece das pessoas se aproximarem deles por causa de sua inteligência, mas nem todos os nerds são inteligentíssimos, deixando bem claro (pois outro rótulo dentro dos nerds: inteligente, então na primeira nota vermelha todo mundo acha estranho!)

É por isso, exatamente por isso, que eu, particularmente, sou eclética - e deixo bem claro isso -, por assim as pessoas não se aproximam de mim por culpa de um rótulo, por eu ser ou não parecidas com elas, as pessoas se aproximam de mim por causa de mim, simplesmente. Outro dia, na escola que eu comecei faz 20 dias, uma menina disse: "Ah, o Fulano me disse que você tem um grupo de pagode, é verdade?" Eu olhei com uma cara de dúvida, não sabia do que ela tava falando, mas ela logo fez uma cara de brincadeira e disse: "Não, brincadeira, to só tirando, você é toda do rock, não é?!" Então eu lancei um "Quem? Eu? Do rock?! " e ela foi embora, sem ter chance de perceber que eu gosto de pagode, de black (ah, não muito), pop, pop-rock, eletrônica,mas será que só pelas minhas roupas já deu pra perceber que eu gosto de rock?!

Nunca gostei de rótulo, mas pensando bem, assim, LÁ NO FUNDO, rótulos fazem parte de nossas vidas e são muito importantes para nós, se nós não fossemos rotulados, movidos para um grupo diferente dos outros, nunca encontraríamos o nosso, por que pensa bem, se não existem grupos, em qual estaremos? Mas uma frase clichê, que eu odeio quando falam pra mim: "Você é diferente!" – sim, sou diferente como todas as outras 6,62 bilhões de pessoas, isso me torna IGUAL A TODOS – isso me deixa realmente entristecida, mas eu sei que ser igual a todos é ser diferente, e ser diferente é ser igual, mas isso me deixa um pouco confusa e tenho certeza que confunde vocês, então é melhor eu pensar que eu sou especial e que eu tenho muitas qualidades e defeitos (como todos! AI MEU DEUS!) mas que não existe nenhuma Gabriela Caroline Pagliuca dos Santos com o mesmo Registro Geral que o meu, certo?!

Para o mundo melhorar, em relação a rótulos, só temos que fazer uma campanha contra os rótulos equivocados, e não deixar a primeira impressão ficar, e mesmo eu até gostando de pagode, pelo menos em uma coisa boa de eu ter tido rótulo de roqueira tem, sabe, ninguém da minha escola vai me arrastar pra um pagode fundo de quintal tão cedo!