Heterônimo Luzia Monique

Luzia Monique nasceu da minha "Síndrome de Emília" - do Sítio do Picapau Amarelo - Emília quando nasceu, feita pelas mãos da Tia Nastácia, era muda - diz na música cantada por Baby Consuelo: "de uma caixa de costura, pano, linha e agulha..." - então, Luzia era um pedacinho de tudo e tudo costurado, Luzia era feita de "pano" - do tipo que quando engolia "uma pílula" (mentira) ela disparava, não conseguia deixar preso na garganta e que já estava pulando da boca, caía no Teatro, fantasiava tudo, transformava tudo em hipérbole, uma maneira de "debochar" dos atrevimentos, nunca segurou nada e por isso tomou muitos tombos. Até o dia que resolveu "particionar tudo" e aos pouquinhos foi criando um perfilzinho pra cada filho na rua largado. Apenas pelo prazer da Literatura, procurava buscar em fontes fidedignas coisas que esclarecessem aos filhhinhos da rua e dar uma forcinha em suas poesias, assim seguia a Emília, seguindo a carruagem, embarcando em todo trem que a envolvia nas letras ao ponto de perceber que a cada poesia que escrevia gerava páginas e páginas de acompanhantes, até que passou a ser "querida" e aparecer nas revistas pelas bancas suas frases e pedaços de tudo. Nunca viu créditos de nada...

EMÍLIA - Sítio do Picapau Amarelo

Cantada por Baby Consuelo

http://youtu.be/emqayJKvsJQ

Simone Tavares Conde da Fonseca
Enviado por Simone Tavares Conde da Fonseca em 12/05/2012
Reeditado em 12/05/2012
Código do texto: T3663458
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