O homem do século XXI (Obs: Texto em homenagem as brasileiras assassinadas por seus supostos companheiros.)
Hoje, 08 de março de 2012, dia internacional da mulher.
Seria natural falar da importância desta data em respeito à memória das mulheres operárias de Nova Iorque que morreram carbonizadas pela estupidez de um ato desumano quando reivindicavam condições dignas de trabalho. Muitos anos se passaram! É óbvio que muitas foram as conquistas no universo feminino, mas, infelizmente, estamos longe do ideal. Lá em 1857, quando assassinaram as trabalhadoras, a notícia chocou de tal forma que originou as demais lutas por igualdade, mesmo que tardia, deu início a política de gênero. A mulher foi à luta pelo seu direito de votar, de estudar, de se profissionalizar, pela sua liberdade de expressão, pelo direito de se apaixonar e tantas outras lutas com vitórias. No entanto, não me sinto confortável para prestar esta homenagem. As grandes conquistas, e não foram poucas, continuam pequenas diante da maior de todas as derrotas, o preconceito. No século XIX, aproximadamente 130 tecelãs morreram lutando por justiça social, hoje, século XXI, 10 mulheres morrem por dia, perto de 4 assassinatos para cada 100 mil habitantes, conforme o estudo Mapa da Violência no Brasil 2010, do Instituto Sangari. A cada duas horas (e pouco) uma mulher é morta no país! 68% dos filhos assistem às agressões; 15% deles também sofrem violência junto com a mãe. Assassinatos estes, geralmente tendo como causa principal, a não aceitação da sua ascensão social ou a sua liberdade de escolha de viver com quem quer que seja. Quantos séculos terão que se completar para que haja realmente motivos para as futuras gerações de homens e mulheres festejarem sem se importarem com quem paga a conta ou com quem quer festejar? Qual o tipo de homen temos no século XXI? O que diriam os pais de suas filhas assassinadas por motivos fúteis?
Obs: o texto não se refere ao sexo masculino, sim do homem como um ser humano.
Hoje, 08 de março de 2012, dia internacional da mulher.
Seria natural falar da importância desta data em respeito à memória das mulheres operárias de Nova Iorque que morreram carbonizadas pela estupidez de um ato desumano quando reivindicavam condições dignas de trabalho. Muitos anos se passaram! É óbvio que muitas foram as conquistas no universo feminino, mas, infelizmente, estamos longe do ideal. Lá em 1857, quando assassinaram as trabalhadoras, a notícia chocou de tal forma que originou as demais lutas por igualdade, mesmo que tardia, deu início a política de gênero. A mulher foi à luta pelo seu direito de votar, de estudar, de se profissionalizar, pela sua liberdade de expressão, pelo direito de se apaixonar e tantas outras lutas com vitórias. No entanto, não me sinto confortável para prestar esta homenagem. As grandes conquistas, e não foram poucas, continuam pequenas diante da maior de todas as derrotas, o preconceito. No século XIX, aproximadamente 130 tecelãs morreram lutando por justiça social, hoje, século XXI, 10 mulheres morrem por dia, perto de 4 assassinatos para cada 100 mil habitantes, conforme o estudo Mapa da Violência no Brasil 2010, do Instituto Sangari. A cada duas horas (e pouco) uma mulher é morta no país! 68% dos filhos assistem às agressões; 15% deles também sofrem violência junto com a mãe. Assassinatos estes, geralmente tendo como causa principal, a não aceitação da sua ascensão social ou a sua liberdade de escolha de viver com quem quer que seja. Quantos séculos terão que se completar para que haja realmente motivos para as futuras gerações de homens e mulheres festejarem sem se importarem com quem paga a conta ou com quem quer festejar? Qual o tipo de homen temos no século XXI? O que diriam os pais de suas filhas assassinadas por motivos fúteis?
Obs: o texto não se refere ao sexo masculino, sim do homem como um ser humano.