Um homem de bem.
“Aquele que faz e promove o bem
cultiva o seu próprio êxito" (Provérbio chinês)
Nunca é demais falar sobre as pessoas. Falar sobre alguém é algo sublime quando visualizamos os dotes que cada um possui, independente da sua classe social ou do posto que esse cidadão exerça na sua vida profissional. As pessoas de bem são aquelas que debatem, mas, que não ofendem. São aquelas que lutam, mas, que evitam ferir.
Faço essas considerações iniciais, porque tratam de atributos que devem ser selecionados na vida do nosso homenageado. O Kerson sempre foi aquele cidadão que não se curva ante as coisas que ele considera inexatas. Muito já se viu o nosso homenageado discutindo temas que considera importante no seu campo de interpretação. Não vejo tal questão como algo que deve ser desprezado no universo coletivo. As idéias existem, porque elas são frutos do nosso pensamento e do transbordar da nossa alma. Se alguém discute algo é porque deseja que um assunto pendente seja conclusivo e possa se tornar algo concreto dentro da atividade do grupo.
Nesse parâmetro de ilação, cito uma máxima de Soron Kierkegaard, quando diz: "A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, mas, só pode ser vivida olhando-se para frente..." Esse pensamento se reflete em nossos atos aqui na “Bancada da Bola”, especialmente, nas discussões e nas soluções que foram objeto de construção nas últimas décadas. Nesse particular, não há dúvida de que o Kerson contribuiu para essa evolução, dentro do âmbito de seleção das idéias e de ideais que culminaram em nossa estabilidade como grupo.
Digo isso com toda a convicção, porque já estive em vias de discussão com o nosso homenageado. Isso é público, porque todos tiveram ciência de alguns momentos de destempero tanto da minha parte como da dele. Evidente que todos nós, como pessoas humanas, muitas vezes nos apegamos ao exagero. Entretanto, isso jamais vai macular a índole daqueles que contendem, quando a temática envolve a necessidade de soluções, ou envolve comandos que, muitas vezes, em curto prazo, não perecem as idéias mais acertadas.
Nada melhor que o tempo para que as coisas se acomodem e as partes se contemporizem, quando ambos percebem que seus ideais são os mesmos. Quando ambas as posições são no sentido de agrupar, com certeza, os embates vão emergir como conteúdo de composição para a saúde do conjunto. Creio que tais acontecimentos servem apenas para cumprir algo inerente à aspiração do homem, cujo conteúdo vem expressado no pensamento de Samuel Ulman: "Perder o entusiasmo, provoca rugas na alma". Assim, certas discussões servem como entusiasmo da alma, mas, jamais como fonte de discórdia e desagregação.
O que importa nesse exemplo citado, é que sempre aprendemos com os erros, diante daquele sábio provérbio popular de que ‘depois da tempestade vem a bonança’ e, com esta última surge a paz. Aliás, foi John Lennon que escreveu na música IMAGINE (já traduzida) a seguinte frase: "Imagine todo o povo vivendo em paz... você irá dizer que eu sou um sonhador, mas eu não sou o único. Espero que você um dia junte-se a nós e o mundo será um só..."
Então quero aproveitar o ensejo, por ser um mês de reflexão e de atos de paz, para conclamar a todos para que, numa só voz, marchemos em busca da conciliação e da fé, para que, a cada segundo, a cada minuto, a cada hora, a cada dia, a cada mês, a cada ano, possamos ir somando nossos louvores em nome da paz e da amizade.
Kerson, queira receber da “Bancada da Bola” um abraço de fé, para que neste final de ano você possa estar mais perto das coisas boas que estão refletidas em sua alma, para que, no próximo ano possa estar fortalecido para plantar no seio do nosso grupo aquelas sementes de bondade e de fraternidade, pelas quais sempre lutou.