Solidão Mínima

Nós humanos, sempre nos damos ao luxo de exclamar o mais alto possível que estamos sozinhos. Esse sentimento é momentâneo, gerado a partir de uma raiva,desilusão ou o próprio desgosto. Esquecemos de quem, por tantas vezes esteve ao nosso lado, só pra poder sentir o gostinho da solidão e afundar-se no mais profundo e egoísta ‘’eu’’, e viver a sensação de que não há mais ninguém. Bom, todas as pessoas sofrem crises existenciais, mas cada uma sabe conduzi-lá da forma que julga ser mais sensata para si, alguns vivem isso em momentos, situações, ás vezes incontroláveis, insuportáveis AAAAAAAAAAAA. (desabafo). Outros, não conseguem se libertar da solidão, preferem sentir-se sozinhos ao invés de dizer, chamar, clamar à alguém por um socorro. Pode ser exagerado um pedido de socorro, espere você ter sua próxima crise, e verás que não é.

É uma faca de dois gumes que fazemos questão de utilizá-la para mutilação invisível, seja ficar revendo fatos, relendo mensagem, olhando fotos, sentindo cheiro de fazer sofrer a si mesmo, naquele momento é tão bom o sofrimento que desejamos ficar ali e ressalto fazendo questão de dizer que sim, estamos sozinhos.

Calma? Realmente calma é uma palavra inexistente nesses períodos, devemos esperar, sofrer mesmo, chorar, gritar, cantar, escrever, expressar isso de alguma forma , ouvir uma boa música, que, logo depois vem aquela sensação de culpa por ter pensado estar sozinho, de não querer o apoio de ninguém, não aceitar os fatos,que também é estritamente difícil de ser compreendido.

Logo, começamos a falar de novo com os amigos, surge uma notícia boa, ou simplesmente uma animação do ‘’infinito e além’’, uma felicidade momentânea, que nos ajuda a entender que não estamos sozinhos, a solidão existe em doses diferentes em cada pessoa, se deixar-se consumir por completo viverás na solidão eterna, em contrapartida , podemos viver a solidão mínima, e preencher todo o restante com as experiências mais bonitas que foram vividas e admiradas em toda nossa vida, nossos amigos, nossa família, nossa saudade, nosso cheiro de felicidade. Lembre-se o pouco que temos é muito para quem não tem nada.

Gizele B Barankevicz
Enviado por Gizele B Barankevicz em 07/12/2011
Código do texto: T3377208
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