DISCURSO DE LANÇAMENTO DO LIVRO PENAS MAIS RÍGIDAS: JUSTIÇA OU VINGANÇA?

14/06/2011

Senhoras e Senhores, autoridades presentes, meus amigos e familiares. É com muita alegria que divido este momento com todos vocês. Antes de escrever esse livro, pensei em uma obra que pudesse prestar serviço ás autoridades, aos presidiários, ex-presidiários e á sociedade de modo geral, Reiterando, no entanto que esse trabalho não é fruto de tese de um especialista na temática da violência e da criminalidade, mas de uma experiência vivida de um egresso, o qual deseja contribuir para o combate efetivo da violência e da criminalidade.

O ser humano é capaz de se superar quando tem a oportunidade, ele transcende para ser melhor, mudando a sua vida. Sou prova disso, pois apesar das dificuldades enfrentadas no caminho até chegar à publicação deste livro, nunca duvidei que encontraria pessoas que me ajudariam nessa tarefa. A minha certeza foi coroada com a chegada da nova gestão da secretaria da justiça e cidadania na pessoa da Dra Mariana lobo, que abraçou a causa, possibilitando esse momento que vivo hoje.

A secretaria da justiça através do NAPAE mostra que faz a sua parte ao demonstrar que não tem como falar em segurança pública ou mesmo um recuo no índice de criminalidade se ao egresso não é dada a oportunidade de reinserção social através do trabalho formal. Entendemos que disponibilizando a oportunidade de trabalho para os egressos através da ocupação nas empresas, pode ajudar na redução da reincidência criminal. A minha reinserção laborterápica na SEJUS mostrou que a secretaria da justiça e cidadania do Estado do Ceará está comprometida para uma efetivação da cidadania daqueles que por algum motivo se encontram à margem social e da lei, dando chance de trabalho para os egressos da prisão. Portanto, quero agradecer o corpo executivo da SEJUS pela parceria na editoração desta obra, agradecendo igualmente a Deus por ter me abençoado imensamente, colocando-me aqui onde tenho bons amigos, colegas de trabalho e colaboradores.

Encontrar alguém que goste de ajudar aos outros não é fácil, mas tive a felicidade de estar rodeado dessas pessoas, como o PE. Marcos passerini, coordenador da pastoral carcerária do Estado do Ceará que articulou a implantação do primeiro curso superior dentro da prisão, A professora Márcia pereira Bastos, (coordenadora do projeto) o professor Carlo tursi, o professor Sérgio Lobo, o professor Geraldo Francken, o PE. Luis Sartorel que acreditou na minha regeneração dando-me a oportunidade de estudar enquanto diretor do antigo instituto de ciências religiosas (ICRE), e agora o atual diretor da faculdade católica de fortaleza PE. Almir Magalhães. Quero agradecer a Dóris Magalhães de Almeida (Auditora do TCE) que tem sido um anjo na minha vida.

Quero igualmente agradecer todos os professores (as) das unidades prisionais do Estado do Ceará pela presença e incentivo.

Desta forma, entendo que editar um livro por mais simples que seja, é um privilégio, e ainda contar com o apoio de pessoas amigas e um órgão do Estado como a secretaria da justiça e cidadania é um privilégio ainda maior. Privilégio também foi contar com apoio da turma acadêmica Renascer Divino, seu coordenador Manoel Firmino Batista e companheiros França da silva, Filomeno Batista Neto as quais lutamos juntos para ver reconhecido o nosso direito de fazer faculdade dentro do presídio, fato até então inédito no sistema prisional Brasileiro.

Aqui no livro poderão encontrar a minha percepção acerca da realidade carcerária e o que acredito poderia ser feita para mudar a situação caótica que normalmente vive quem está atrás das grades. Acredito que a prisão em si não transforma ninguém

para melhor, pois a desumanização reinante no sistema carcerário

é revoltante . Quem transforma, são pessoas humanizadas, com suas

ações transformadoras e ressocializadoras, podendo assim culminar

em eventual reeducação, reinserção, reintegração à sociedade dessas pessoas. Os objetivos desse livro são: postular a importância da educação como uma das formas de ressocializar e anunciar a “teoria de quatro erres” quais sejam:

1-REGENERAÇÃO: Regenerando os internos;

2-RESSOCIALIZAÇÃO; Ressocializando os encarcerados;

3-REINSERÇÃO; Reinserindo-os no mercado do trabalho;

4-REINTEGRAÇÃO; Re integrando os mesmos á sociedade.

Por fim e não por menos, agradeço imensamente a equipe da assessoria de comunicação e a imprensa, pelo apoio e atenção com a realização e sucesso deste lançamento.

Muito obrigado a todos!

CORNELIUS OKWUDILI EZEOKEKE.

Domcornelius
Enviado por Domcornelius em 31/10/2011
Código do texto: T3309005