Quem sou eu (Monólogo)
Quem sou eu?
Não sei, em que contexto você quer saber?
Na realidade, sou uma estudante desanimada.
Na minha mente, uma insatisfeita com a sociedade opressiva reinante, que suga nossa saúde, nossa felicidade, rouba nosso tempo, nossa paz. Sociedade que nos oprime, rouba, julga, machuca.
Sou uma garota que se deprime ao pensar na escravidão que é nossa sociedade.
Sou uma garota que percebeu cedo demais como a vida é injusta e dolorosa. E o pior! Sou uma garota que percebeu que somos nós, seres humanos, que complicamos e nos escravizamos com regras e rotinas excessivas.
Sou uma garota que tem vontade de gritar BASTA DESSA VIDA SEM SENTIDO! No meio da rua.
Sou uma garota que odeia até a alma esse modo de vida cruel e capitalista em que vivemos.
Sou uma garota que não entende o porque de vivermos assim.
Ou melhor, entendo sim: Vivemos assim, porque no fundo gostamos de sofrer. Só pode ser isso, não concordam?
Temos tudo, mas ao mesmo tempo não temos nada. Achamos que somos criaturas livres e desimpedidas, mas na realidade somos todos escravos; das circunstâncias, das aparências, da educação. Escravos da sociedade.
Nossa, como me desviei do assunto, não é mesmo? Perdoem-me o devaneio, voltemos então ao assunto.
Quem sou eu?
Sou uma sonhadora, uma pensadora, uma crítica, e também sou uma desiludida.
Desiludida com a vida, a sociedade, nossos deveres e obrigações que no fundo não fazem sentido.