Fragmentos de um discurso para você
“...Para você. Tu perguntaste o que por quê disto tudo? Respondo-te então. Teus olhos não enxergam a verdade, teus olhos serrados fogem de mim. Não percebeis? Obviamente não. Permita que teus olhos sintam o toque do meu coração, e a cada batida, teus ouvidos sentirão o ar em movimento...”.
“...Agora tu me perguntas por que faço isso? A resposta é simples. Para você. Eu erro, mas meus olhos não estão serrados. Eles erram porque querem enxergar algo. Querem demais -ao contrário de você...
Tu não vês, e eu menos. Estamos num impasse. Inertes. Intercedidos numa pergunta. Quero que tu me vejas. Tu esperas que eu faça o mesmo. O que somos? Tu sabes? E o que tu és?”
...
- Texto próprio, 2005.