Pra minha maior, e imagino única, louca lembrança!

Sigo o fluxo.

Motivação preciso ter.

Meus olhos precisam ver.

Meus braços, de abraços.

Ter a boca macerada sem pudor.

Adoro a alma atazanada por uma saudade dolorida, que me leva a planejar, arquitetar, urdir a saudade matar.

Meu estômago, borboletas, batendo asas dentro quer ter.

Minha espinha quer gelar, arquear, vergar.

Meus ouvidos, só músicas e sussurros querem ouvir; capaz de até pequenas obscenidades permitir.

Meus sonhos não são sonhos, são viagens que bagagens não leva.

Ah! Não leva. Só na volta, quando no meu corpo entro, e meus olhos se abrem, sinto a bagagem de lembranças, sensações... vibrações.

Meu sorriso tem que abrir, gargalhar por nada, sorrir igual demente, sorrir simplesmente.

Sorrir pra mim, de mim, com mim*.

Arfar, meu peito quer arfar, ofegar, balouçar.

Suspirar me alimenta, me equilibra, me deixa vivia.

E viva, eu pulso, rezo, tento, erro e acerto. Eu caio, levanto e sigo em frente... no fluxo.

Helba Otoni - Julho 2011