AMOR!



AMOR!

Jane Felipe (2006, p. 11) caracteriza o amor “como romântico quando ele é regido por uma idealização que se estende aos seguintes aspectos: a idéia de intensidade (em si mesmo e no outro, para quem o amor se destina), a concepção de completude, de eternidade e de entrega”. Dessa forma, os enamorados exacerbam o sentimento de amor como se ele fosse o responsável pela felicidade eterna do parceiro e por sua exclusividade.

Imagine o amor apoderando-se de alguém verdadeiramente, não há limite de relação, não há ressalvas, a pessoa sempre estará pronta e abnegada a dizer sinto sim, ponho o coração pelo avesso.
Quando existe amor, o entrelaçamento entre aquilo que eu penso sobre o outro e aquilo que o amor pode fazer, é de superação sobre as ofensas, sobre os conflitos e os desentendimentos. Quanta cabeça dura! Ai que forma!
A essência do amor não é dada a qualquer um, muitos dizem que amam, mas quando estão juntos e o dinheiro acaba aí vai amor por água abaixo.
Numa habitação de amor, há partilha, há compreensão, há perdão, há retomada, a menos que um dos cônjuges deixe de existir.
O amor não é uma praga, mas um fertilizante para rugas, para calvície, para andropausa, ele não dá brechas para a inimizade.
Será que o amor está acompanhado de justiça? Quem ama quer ver o bem do outro, quem ama reparte. Vinicius de Morais dizia: - “Pra que somar se a gente pode dividir”?
Compartilhar a respiração, os lençóis, partir o pão, acasalar, ajudar o outro a realizar seus sonhos, falar palavras encorajadoras. Sentir o hálito de perto, não aprisionar...
Buscar a verdade, elucidar pontos obscuros da convivência, não deixar a mágoa dormir de um dia para o outro, informar, consolar, querer, acompanhar. Proteger...
O amor no tempo extrapola medidas, vai a caminho da realização como um cavalo valente a galopes, com sua crina a delirar no roçar do vento.
Quem fala mal de seu amor é doente. Como você pode ouvir por uma noite inteira roncos intermináveis e viver uma vida com sua companheira, usando roupas de intimidade puídas? E quando chega certo dia de decepção, diz que detesta a pessoa e a declara feia? Ela também nem o seu cansaço respeita.
Afirma um provérbio antigo que quem ama os feios bonitos lhe parece. O amor está nos seus olhos, no como enxergar, no como declarar. Cuidado com o como, ele é forte.
Agora veio uma tal de mulher siliconizada, bem arquitetada ,com uma estrutura física para os olhos do engano se encheram de arrogância. Quem ama aceita os seios muxibas, quem ama declara para a estrábica, ter olhos direitos, quem ama não aposta no bingo, mas aposta no amor.
O amor traz para as trevas a docilidade da lua, massageia o ego com óleos de amêndoas doces, fisga o peixe com o anzol da paz e deixa cheiro no outro ser amado, deixa o povo expressar sentimentos de amor por quem você ama.
Sabe um passarinho solto na floresta amazônica? Esse é seu bem, sabe aquele olhar de ludicidade que ela expressa ao passar alguém mais bonito que você? Sabe qual é a reação de um amoroso homem? É conviver, é respeitar, se sabendo outro ser humano, sem muito juízo.
Sabe um amor que é gostoso? É um amor de lambuja. Nascido para vencer. Doador universal, fator atemporal, tipo incondicional.


Em 13 de junho de 2011

Cida Maia


Cida Maia
Enviado por Cida Maia em 13/06/2011
Reeditado em 30/07/2011
Código do texto: T3032868