Dois Astros.

Prezados amigos da "Bancada da Bola":

Se fôssemos rebuscar nos dicionários a denominação dada a este título veríamos que astro, além dos corpos celestes, são aquelas pessoas de grande significado na mídia e que representam para seus fãs a representação de uma arte.

Evidente que tanto Fabrício como o Fábio não são conhecidos da mídia em geral e nem representam uma arte que possa torná-los uma celebridade. São, sim, pessoas entre nós que merecem nossa admiração e que em nosso contexto podem ser chamados de astros, porque brilham como os corpos celestes, quando aparecem numa constelação. São assim denominados, porque foram aos poucos nos mostrando que merecem nossa consideração e nosso respeito, já que possuem luz própria e brilham nas coisas que fazem.

O Fábio, amigavelmente chamado entre nós de “Fabanhas”, encarna aquela figura expressiva do futebol, porque representa o gol. É verdade que sua luz está um pouco apagada e que, como qualquer um de nós, com o passar dos tempos tem perdido sua vivacidade e sua presteza na hora da conclusão. Isso não impede de continuar sendo um dos maiores artilheiros que passou aqui pela “Bancada da Bola”. Podem se passar muitos anos ainda, mas sua chuteira continuará sendo conhecida como aquela que representou nossas vitórias. Passa por uma fase difícil, mas, em breve, junto aos veteranos, temos certeza que continuará a ser nosso ponto de equilíbrio nos resultados positivos.

O Fabrício, amigavelmente chamado entre nós de “Fabricê”, “Fio Dental” e outros apelidos que se perderam com o tempo, encarna aquele figura de equilíbrio, sempre ponderado e um bom jogador que conquistou seu espaço por sua competência, embora muitos “corneteiros” digam que se não tocasse violão tinha tido vida curta na “Bancada da Bola”. São só intrigas bem humorada, já que nosso amigo homenageado tem demonstrado com o tempo que é uma pessoa prendada, mas não apenas no que diz respeito ao seu talento com o violão e com a voz, já que seu futebol é respeitado por todos. Tem sido o norte da existência da “Turma do Barulho” (grupo musical), por ser uma pessoa sempre disponível quando fazemos nossas comemorações, nunca se recusando a ir prestar seu talento musical.

Quero pedir emprestado à Clarice Lispector, escritora brasileira, mas, de origem Ucraniana, a seguinte frase: “Não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome muito”. É incrível como essa frase se junta à “Bancada da Bola”, visto que em momentos de homenagens como este, onde refletimos nosso histórico de afinidades, sempre estamos falando de pessoas de boa índole que se juntaram em busca daquilo que nos leva à felicidade, que é jogar uma bolinha, curtir uma reunião informal como esta, partilhando de nossas alegrias, para, quando estivermos em nossa labuta não sermos abatidos pela tristeza.

Nós precisamos de momentos como este, enquanto temos saúde e enquanto podemos exercitar nosso lado social, já que o futuro é incerto e não nos pertence. Luiz Fernando Veríssimo, escritor brasileiro contemporâneo, disse uma frase interessante: “Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda as perguntas”. Isso demonstra que estamos no caminho certo, curtindo com os amigos os momentos bons que temos à nossa disposição, enquanto a vida nos dá as respostas.

Fábio e Fabrício recebam da turma da “Bancada da Bola” os abraços cordiais, para que continuem sendo essas pessoas honradas e merecedoras de nossa amizade e da nossa confiança. Vocês, neste momento, entre tantos astros que aqui brilham na “Bancada da Bola” estão brilhando mais do que nós.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 30/05/2011
Reeditado em 30/05/2011
Código do texto: T3003542