Curto Manifesto pós-tradicionalista
Há quem diga que é fruto da "interpretância" de Peirce. Logo surgirão vozes exaltadas. Solicitação de autoralidade. Pedido de patente. Pouca coisa provoca-me alegria. Ó generosa utilidade da expressão! O alívio. Quantas pessoas empurradas para dentro da opacidade. Tempo remoto fixado como exclusivo. (Ninguém volta ao que acabou). Havia uma lacuna sem reflexo, forjada antes pela louvação da mesmice do que pela criatividade. Romantismo sem indústria.
O modo de vestir deve ser assim. Assado nunca. A maneira de cantar deve obedecer a hierarquia, sem rebeldia. Tudo deve permanecer como antes no quartel de Abrantes. De modo que ninguém faxina o museu bolorento do passadismo assumido pela alma. Verdadeira preguiça de atingir o novo de sempre. O pós-tradicionalismo respira a mais ampla liberdade. Livre do senso comum. Desfruta das manhãs ensolaradas e novinhas. Nacional vertente criativa. Elo de ligação entre concepções mal resumidas.
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Primeira lição: Quem gosta de ir na onda é peixe.
Segunda lição: Repetições embotam. Passado é tudo que passou.