Morfologia, segundo Francisco da Silva Borba
A morfologia estuda a estrutura de uma língua. Ela identifica e classifica os morfemas, determina e classifica as partes do discurso, ou seja, as classes gramaticais.
A Análise Mórfica: Sendo a palavra uma unidade significativa, deve-se admitir que ela se segmente em formas menores e inferiores, sujeitas à analise. A lingüística tradicional divide as palavras em semantema e morfema.
GAT (semantema) O (morfema)
O semantema é a parte significativa; podemos pensar no semantema como o radical. O morfema é o elemento modificador que dá a forma acabada ao vocábulo, ou seja, a forma de verbo, de plural, de feminino, masculino, etc.
O semantema tem uma conotação léxica. Já o morfema tem uma conotação gramatical, fato esse que é comprovado pelo exemplo:
CANTAR
CANT é o semantema
AR é o morfema que indica a conjugação verbal. A conjugação verbal é um elemento gramatical.
Do ponto de vista forma, podemos ver os semantemas como FORMAS LIVRES, uma vez que eles servem para comunicação suficiente em determinados discursos e tem um alto grau de autonomia.
Ex.: “O que você comprou?” “Livros”
LIVROS funciona como uma comunicação suficiente, transmitindo a resposta da pergunta feita sem necessidade de outra parte discursiva.
Já os morfemas podem ser vistos como FORMAS PRESAS, uma vez que estão ligadas às formas livres.
Ex.: boiS -> o “S” funciona como marca de plural;porém, ele não teria sentido e nem comunicaria nada se não estivesse atrelado à forma livre “boi”.
Mattoso Câmara Jr. Cria ainda o conceito de FORMAS DEPENDENTES, como as preposições e pronomes átonos.
Os semantemas também podem ser considerados PALAVRAS CHEIAS, pois possuem significado e os morfemas PALAVRAS FORMA, pois funcionam como instrumentos gramaticais.