Paixões inadimplentes
O que vem a ser a paixão? Um ideal, uma queixa, algo feminino de bons sentimentos? Será que os santos se apaixonavam?
Já me apaixonei umas quantas vezes, cada qual mais promissora que a outra... A paixão tem isso de falar que é provisória e que passará o cargo para o amor (que é eterno, inabalável, feito de pedra com cimento e ferro)!
Quisera eu não me atrelar a um olhar que não passasse de uma isca, sem maiores serventias que afetar a fé ao longo da vida dos envolvidos, só para cegar, ofuscar as perspectivas de futuro... para que ambas as almas se quebrassem no vazio!
Alguém no mundo há de nos aparecer com uma auréola, bancando o herói das nossas expectativas e mostrar que o tempo não apodrece! Mas, olha, amigo... vou deitar no seu ombro agora e te contar uma coisa: “paixões há tão bandidas que chegam a ser inadimplentes – do tipo que nos tira aquilo que premedita não mais devolver".
E contra isso qual lei haveria? Nesse solo não existe réu, nem julgamento! E nenhum dos dois processa por deslealdade, nenhum dos dois se encarrega de assumir por inteiro a culpa! Acautele-se disso!!!!