Literatura e Educação (Texto para palestra proferida no 1º Salão Internacional do Livro da Paraíba) SEGUNDA PARTE

O pior é que todas estas leituras que outros fazem de nós interferem na conclusão do que nós mesmos pensamos a nosso respeito, principalmente quando estamos sofrendo uma crise de baixa auto-estima. E assim às vezes é muito difícil ter uma ideia clara sobre quem ou o que somos, tanto quanto é difícil que saibamos exatamente quem ou o que são os outros.

Entre as muitas formas de comunicação, há uma conceituada como “metalinguagem”, uma linguagem que se utiliza da própria forma da linguagem para dizer aquilo que algumas vezes não se pode dizer de forma convencional. Ou, por outro lado, mesmo que possamos falar sobre o assunto, para bons entendedores, com a metalinguagem poderemos prescindir de um longo discurso para nos fazer entender.

Um exemplo da utilização da metalinguagem é a estrutura da chamada “Poesia Concreta”, um tipo de poesia visual que procura estruturar o texto poético escrito a partir do espaço do seu suporte, sendo ele a página de um livro ou não, e buscando a superação do verso como unidade rítmico-formal.

A Poesia Concreta surgiu na década de 1950, no Brasil e na Suíça, tendo sido primeiramente nomeada tal qual a conhecemos por Augusto de Campos. Também é chamada de Poesia visual em algumas partes do mundo.

Agora vamos ver alguns cartoons metalingüísticos criados por alguns artistas e outros, de minha série “Logos versus Logos”, publicados em João Pessoa (PB) pelo extinto grupos de estudos Oficina Literária, em 1983. Com eles, como um poeta concreto, brinco com os sinais da pontuação gramatical; quais sejam: o ponto, a vírgula, os dois pontos, a reticência, a exclamação, a interrogação e o asterisco.

Antes de vê-los, porém quero dizer que, com minha série de cartoons “Logos versus Logos”, além de procurar fazer com que seus leitores rissem, criei um tipo de enunciado que diz sobre coisas pouco compreensíveis àqueles que não tem muita vivência com a filosofia ou com as histórias em quadrinhos, entre outras expressões do universo das artes visuais, também responsáveis pela concepção essencial dos símbolos lingüísticos com os quais brinquei; como os referidos sinais gramaticais, outros deles e a forma das letras de nosso alfabeto, de outros, assim como dos números.

Enquanto as vemos, quero que vocês fiquem a vontade para se manifestar a dizer o que estão entendendo (ou não) sobre eles.

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Todas as muitas formas de leitura são expressões daquilo que os teóricos da comunicação chamam de “Semiótica”.

Do grego semeiotiké, uma definição simples de Semiótica é a de que ela é um saber muito antigo, que estuda os modos como o homem significa o que o rodeia, assim como a si mesmo.

Geralmente, o signo, elemento essencial da Semiótica, é formado por um caráter duplo, composto de dois planos complementares: a forma, ou o significante, e o conteúdo, ou o significado, sendo a Semiótica ciência que busca relacionar certa sintaxe, expressão que significa aquilo que é relativo a forma das palavras, ou mesmo outra forma de comunicação produzida (como os cartoons que vimos aqui), e uma semântica, que se refere ao seu conteúdo.

Dessa forma, mais abrangente que a lingüística, que se restringe ao estudo dos signos lingüísticos ou sistemas de signos da linguagem verbal, a Semiótica tem por objeto de estudo qualquer sistema sígnico representado pelas artes, sejam elas a Música, a Fotografia, o Cinema, a Culinária, o Vestuário, os gestos (que, como observou Pierre Weil, vão desde movimentos que fazemos com os braços, as mãos, os olhos até expressões corporais completas, como a mímica e a dança), também a Religião e todas as ciências, principalmente quando se desenvolver completamente a engenharia genética, uma vez que, por enquanto, será fácil observar que produtos das artes são quaisquer coisas que (ainda) não dão em árvores, ou dentro de úteros.

Em minhas pesquisas inúteis sobre como e por quem foram criadas as palavras – mesmo porque provavelmente o aqui citado psiquiatra Carl Gustav Jung estivesse certo e o impulso arquetípico à invenção da comunicação verbal seja algo que aconteceu misteriosa, natural e diferentemente nas cabeças dos primeiros que habitaram as muitas partes deste mundo – em minhas primeiras pesquisas sobre a invenção das palavras, cheguei a descobrir o termo “Etimologia”.

A Etimologia trata da explicação dos significados das palavras através da análise dos elementos que as constituíram, estudando a composição dos vocábulos e das regras em sua evolução histórica, sendo a grande maioria das palavras que usamos derivadas de outros idiomas mais antigos.

A própria palavra “Etimologia” deriva da palavra “Étimos”, termo que designa aquelas palavras que são verdadeiramente fontes primárias de outras, sendo “logia”, seu complemento, referente à lógica que, por sua vez, refere-se ao estudo racional sobre todas as coisas, estando os etimologistas empenhados em reconstruir informações sobre línguas que são velhas demais para que sua escrita seja facilmente reconhecida.

Entre elas, talvez um bom exemplo disso sejam os símbolos talhados na famosa Pedra de Ingá, situada na cidade de Ingá, no interior da Paraíba – embora, em nossa ignorância sobre suas origens, eu particularmente prefira acreditar, como outros, que os tais símbolos nada mais são do que uma obra de arte abstrata que, semioticamente, foi considerada a se pretender figurativa, mesmo alfabética, talvez produzida por um grupo de ancestrais artistas orientados por seres extraterrestres.

Segundo o site Wikpédia, a enciclopédia eletrônica encontrada na Internet – sendo a Internet talvez a realização do que o filósofo alemão Leibniz (1646-1716) concebeu como “a biblioteca universal” – “o estudo da origem das palavras pode, contudo, levar as armadilhas e a falácias etimológicas que formam a pseudoetimologia, ou a etimologia popular”.

“Um exemplo bastante discutido é o da palavra ‘cadáver’ que, segundo alguns autores, teria origem na inscrição latina ‘caro data vermibus’; ou seja: ‘carne dada aos vermes’, que supostamente seria inscrita nos túmulos. Na verdade, não se encontrou até hoje nenhuma inscrição romana deste gênero. Hoje é defendido pelos etimologistas que a palavra deriva da raiz latina ‘cado’, que significa ‘caído’. A favor desta teoria está o fato de santo Isidoro de Sevilha referir que o corpo deixa de ser cadáver a partir do momento em que é sepultado”.

“Um exemplo de armadilha etimológica brasileira é a palavra forró. Muitos acreditam que tenha vindo de for all”, do Inglês “para todos”, “durante a Segunda Guerra Mundial, quando os estadunidenses tinham bases no nordeste brasileiro. Entretanto, a palavra é uma simples derivação de forrobodó e já existia há muito mais tempo”.

“Não podemos esquecer também da palavra moleque, que alguns religiosos acreditam que vem de Moloque, um antigo deus que aceitava sacrifícios de crianças; porém, a palavra moleque vem de ‘mola’”.

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Depois desta breve explanação sobre as origens das palavras, gostaria de fazer relembrar o dito de Juan Carlos Onetti, romancista e contista uruguaio, referendado no início desde comentário, que afirmou: “As únicas palavras que merecem existir são as palavras melhores que o silêncio”.

Mas quais exatamente são elas?

É claro que ficar em silêncio é uma das coisas mais difíceis que existem. Porque, mesmo quando não abrimos nossas bocas a dizer um ai, ficamos tagarelando mentalmente conosco mesmos e, assim, estamos sempre a dizer alguma coisa, mesmo que somente para nós mesmos. Entretanto, para que talvez pelo menos aprendamos a economizar palavras que, segundo os livros sagrados, possam nos condenar a maior sofrimento no dia do Juízo Final – e mesmo imediatamente, em nosso dia a dia – será bom se prestarmos atenção ao que escreveu o escritor inglês Aldous Huxley (1894-1963), em seu livro “A Filosofia Perene”, sobre os conteúdos da maior parte das palavras que dizemos:

“Se passarmos em revista às palavras que pronunciamos no transcurso de um dia comum”, observa ele, “descobriremos que se pode classificar o maior número delas em três categorias principais: palavras inspiradas pela malevolência e pela falta de caridade para com o próximo; palavras inspiradas pela cupidez (ou pela cobiça), pela sensualidade e pelo amor do eu; palavras inspiradas pela imbecilidade pura e pronunciadas sem tom nem som, mas pelo simples prazer de fazer barulho. Todas são palavras ociosas; e, se examinarmos o assunto, constataremos que elas tendem a superar em número as palavras ditas pela razão, pela caridade ou pela necessidade. E se incluirmos na conta as palavras não pronunciadas do monólogo idiota e sem fim da nossa mente, a maioria em favor da ociosidade se tornará, para a maior parte dentre nós, avassaladoramente grande”.

Tudo isso é, sem dúvida, um expressão de nossa tendência à irracionalidade. A despeito dos esforços das escolas – que, controladas pelo governo, nos dão formação tendenciosa, não nos permitindo a necessária liberdade de pensar, escolher e agir segundo nossos próprios interesses construtivos (se e quando os temos) – o filósofo inglês Bertrad Russel (1872-1970), em seu livro “Ensaios céticos”, observou que “A razão pode ser uma força pequena, porém é constante e trabalha sempre em uma direção, enquanto que as forças da irracionalidade destroem-se umas às outras em uma luta fútil. Portanto” – reconhece – “cada orgia do irracionalismo acaba por fortalecer os amigos da razão e mostra, mais uma vez, que são os únicos verdadeiros amigos da humanidade”.

Mas, se as artes e, em particular, a literatura, tem a função de nos comunicar grandes verdades, ainda que de forma ficcional, a melhorar nossa humanidade e o mundo, como estimular e desenvolver a razão quando isto requer certa vocação, certo amor e interesse pelo conhecimento, melhor dizendo, prazer na leitura e, consequentemente, muito estudo?

Podem as didáticas escolares atuais desenvolver a razão e a sabedoria, ou apenas continuar a dar informações ao desenvolvimento das condições para que jovens simplesmente possam entrar no chamado “mercado de trabalho”?

Para fundamentar tais dificuldades escolares, devo citar ainda o filósofo inglês Bertand Russel que, por volta da década de 1960/70, afirmou:

“No caso da educação, o poder está nas mãos do Estado, que pode impedir que o jovem ouça qualquer doutrina que ele não aprove. Acredito que ainda existem algumas pessoas que pensam que o Estado democrático mal se distingue do povo. No entanto, isso é uma ilusão. O Estado é uma coleção de funcionários diferentes para propósitos diversos, com salários confortáveis desde que o status quo seja preservado. A única alteração no status quo que possivelmente eles desejam é o aumento da burocracia e o poder dos burocratas”.

Além disso, Bertrand Russell acreditava que a função das escolas é “fornecer informação sem estimular a inteligência”, uma vez que “não é desejável que pessoas comuns pensem por si mesmas, porque se presume que essas pessoas são difíceis de controlar e causam dificuldades administrativas”.

Eu que o diga.

Apesar de hoje podermos enxergar alguns avanços nas questões de certa cota de concessão de nossa liberdade de investigação e expressão, creio que em muitos aspectos as coisas ainda permanecem assim.

Um exemplo interessante disto é o fato de que há alguns anos escrevi um livro para pré-adolescentes chamado “Lições de Vôo”, posteriormente publicado em três edições e quando a palavra “voo” ainda tinha acento circunflexo: a primeira edição aqui, pela Fundação Espaço Cultural; a segunda pela editora Bagaço, de Recife, e a terceira pela Editora Perssona, aqui de João Pessoa, tendo sido eu talvez o único escritor da cidade a convencer uma editora local a publicar, de forma absolutamente independente, dois de meus livros de uma vez!

O livro “Lições de Vôo” conta a história de uma família de pássaros que tem três filhos, sendo que um deles sofre de vertigens, ou seja: o pássaro tem medo de altura e seu medo o impede de aprender a voar e desenvolver-se plenamente como o pássaro que é.

Para submetê-lo a melhores lições de voo, a pequena ave vai viver com um velho coruja, uma vez que a coruja foi estereotipada como símbolo de sabedoria, tendo eu mantido tal estereótipo na história. Em companhia do Prof. Coruja, então, Zryr, meu personagens passarinho, receberá informações sobre o medo e como vencê-lo. Apesar de todos os esforços do Professor, entretanto, ele só consegue superar seu medo de alturas quando vê sua mãe e seu irmão sendo perseguidos por um falcão. Num impulso, ele salta a interceptar a ave predadora e só vai se dar conta de que está voando depois que se livra do perigo.

No texto original, eu digo que, apesar de todos os esforços que o Professor tinha feito para ajudar a livrar Zryr de seu medo de alturas, ele não tinha conseguido fazê-lo vencer o medo, que fora impulsivamente superado apenas por um medo maior: o de ver sua mãe e seu irmão devorados pelo falcão.

Apesar de meu livro ter sido publicado na íntegra pela Fundação Espaço Cultural e pela editora Persona, a turma da editora Bagaço, de Recife, achou por bem mudar este trecho da história para atender a tendência de super valorização do professor por parte da sociedade. Porque o livro iria para as escolas como material para-didático – me esclareceram – e eu não poderia dizer que o Prof. Coruja não havia conseguido fazer com que Zryr superasse o seu medo, o que certamente desmitificaria a imagem do professor como profissional “infalível” em sua função de fazer os alunos apreenderem informações – o que, para o alívio dos professores e professoras, não é e nunca será verdade, uma vez que considerável percentual de responsabilidade pelo aprendizado reside no interesse do próprio aluno pelo que deve apreender.

Minha mãe dizia que, certa vez, um diálogo aconteceu entre meu avô Batista, pai dela, e um advogado conhecido da família:

- O senhor sabe ler? – perguntou meu avô ao advogado.

- Eu sou formado, seu Batista! Sou doutor! – respondeu ele, espantado com a pergunta de meu avô.

- Não lhe perguntei se o senhor é formado: perguntei se sabe ler – disse-lhe meu avô, e depois foi cuidar de seus afazeres.

Durante muito tempo fiquei a pensar na dúvida dele.

Como alguém que se dizia formado não saberia ler?

Mais tarde, comparando a leitura em voz alta de meu pai – que lia fluentemente em quatro idiomas – com as de outras pessoas, inclusive a minha em meus exercícios primeiros, percebi o que meu avô Batista quisera provocar naquele “doutor”.

Para ser honesto – porque a honestidade incondicional deve fundamentar o ato do escritor (e, para tanto, também deve se utilizar de sua imaginação à construção de suas metáforas, sempre a serviço de expressar maior Verdade em seus escritos) – como observei agora a pouco, penso que, no caso do gosto pela literatura, nas pessoas há mesmo algumas que tem certa vocação para leitor, tanto quanto para escritor. Porque poucos são leitores; menos ainda leitores de livros; menos ainda bons leitores; uma quantidade diminuta torna-se escritores, sendo um subgrupo dessa tendência os verdadeiramente geniais e, muito além desses, os considerados “divinos” entre aqueles reconhecidos como verdadeiros instrumentos do Verbo expresso em livros sagrados a que aqui já me referi no início.

Para os críticos da existência da vocação, entretanto, gostaria de citar um trecho do livro “O ofício de escrever”, do crítico literário mexicano Ramón Nieto, citado anteriormente: “A mistura de aptidão e vocação”, escreveu ele, “tornam-se (...) a receita ideal para o sucesso. É preciso ter bom ouvido para ser músico, mas é preciso trabalhar dia após dia diante do papel pautado”, embora, mais adiante, ele observe que “para se conseguir criar uma obra-prima não é imprescindível o trabalho diário, repetitivo, como se fosse o escritor um pedreiro de palavras. O fundamental é manter, em todas as horas, a sensibilidade aberta”.

“Resumiremos o pensamento de Turguenieve (1819-1883)”, escreveu também Ramóm Nieto a respeito de outra questão controversa entre artistas: a inspiração que, para Turguenieve, é “uma disposição do espírito, um desejo de escrever sem saber exatamente o quê...; mas ‘quando a gente quer dar à luz no papel tudo que está em ebulição na cabeça, começa, então, o tormento’”.

Mais adiante, Ramón Nieto observa que todo escritor escreve “para que a sociedade mude, e para isso explora e aumenta a ferida sensível do desamparo humano. Se não existissem a solidão, a dificuldade do amor e a morte, não existiria a literatura”.

Para aqueles que, desde a infância, se descobriram amantes de livros, quero dizer que começaram bem – embora a leitura nos possa levar, além de bosques encantados e a prazerosos e reveladores encontros, como observou Ramón Nieto, a desamparos e lugares indesejáveis, cheios de demônios terríveis os quais certas leituras revelam profundamente escondidos num dos recantos de nossas almas, dando-nos a oportunidade de identificá-los e, às vezes, vencê-los.

“Depois dos romances para jovens e aventuras históricas ou exóticas, vou, a partir dos treze ou quatorze anos – na adolescência, quando as leituras podem marcar profunda e intensamente o ser humano – descobrir os livros que vão ser mais importantes em minha vida. Um livro importante revela-nos uma Verdade ignorada, escondida, profunda, sem forma que trazemos em nós, e causa-nos um duplo encantamento, o da descoberta de nossa própria Verdade na descoberta de uma Verdade exterior a nós, e o da descoberta de nós mesmos em personagens diferentes de nós.

“Digo em Autocritic”, continua ele: “Até uma certa idade, a literatura prepara-nos para a vida. Ela canaliza o movimento entre o real e o imaginário. Aleita nossos tropismos afetivos (sendo o tropismo uma reação de afastamento do organismos em relação à fonte de um estímulo). No final da infância, ela nos dota de uma alma... Ela propõe moldes sobre os quais se vestirão nossas tendências individuais, e este vestir, sejam roupas sob medida sejam de confecção, dará forma a nossa personalidade. Ela nos oferece antenas para entrar no mundo. Não quero dizer que ela nos adapta a este mundo: ao contrário, seus fermentos de rejeição e de inadaptação, seu caráter profundamente adolescente contradizem este mundo. Mas contradizem-no dando-nos acesso a ele”.

“Pelo romance e pelo livro cheguei ao mundo” – afirma Morin, numa demonstração de que, ao contrário do que querem outros, quando tudo nos faltar, será na companhia de um livro, nosso amigo mudo e, ao mesmo tempo, tão eloqüente, que nos descobriremos do Princípio aos fins.

Para aqueles que querem começar a se interessar pelo universo dos livros, indico a obra “Como um romance”, do professor e romancista francês Daniel Pennac, publicada pela editora Rocco L&PM POCKET.

Em sua contracapa, seus editores escreveram: (Ler no livro)

"O texto do livro flui por dez tópicos importantes para aqueles que não tem muita familiaridade com a leitura e querem saber por que leitores compulsivos acham os livros tão interessantes, muitas vezes trocando uma boa noite na balada com uma bela companhia feminina, ou masculina, por um calhamaço de páginas escritas".

Os tópicos abordados por Daniel Pennac em seu livro são:

1. O direito de não ler

2. O direito de pular páginas

3. O direito de não terminar o livro

4. O direito de reler

5. O direito de ler qualquer coisa

6. O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível) – sendo o “bovarismo” basicamente as ilusões que alimentam a respeito de si mesmos os homens e os povos.

7. O direito de ler em qualquer lugar

8. O direito de ler uma frase aqui e outra ali

9. O direito de ler em voz alta e

10. O direito de calar

Pra concluir finalmente minha palestra, gostaria de ler a última página do livro de Daniel Pennac. (Ler no livro)

...

Palavras que faço minhas, acrescentando apenas que dedico esta palestra ao meu pai, Archidy Picado, por ter me estimulado a leituras e escritas; e a minha avó materna, poetisa e cronista Clotilde Picado, de quem certamente herdei a vocação para escritor.

Muito obrigado.