A saudade e a ingenuidade...

“Como você faria para esconder um elefante numa plantação de morangos?” Resposta: “eu pintaria as unhas dele de vermelho”.

Ingênuo, não é? Pois era assim que a vida era vista por muitos. Nas leituras dos gibis do Tio Patinhas, Pato Donald, Zé Carioca, Mickey e outros era possível aspirar essa simplicidade. Naquele tempo a ingenuidade era tamanha que muitos pais ficavam preocupados com a leitura dos filhos: “estão lendo gibi!” Era impressionante! A leitura de revista em quadrinhos era algo a ser evitado! Pode uma coisa assim? E as mulheres então: liam fotonovelas. As mocinhas não podiam ler. Havia cena de beijo na boca! Na época tudo isso era “um avanço”...

Hoje aquelas “barbaridades” são vistas com saudosismo. Que saudade das piadas “infames” do Peninha, do estripulias dos irmãos metralha, da inteligência dos patinhos Huguinho, Zezinho e Luizinho e do magnífico “manual do escoteiro”...

O que se vê hoje? A ingenuidade é tida como idiotice. O humor leve como algo ridículo.

Sinto até saudade da seqüência das piadinhas do elefante: “como você faz para passar um elefante debaixo da porta”? Resposta: “eu o coloco dentro de um envelope”. Seqüência: “e se com envelope não conseguir passar”? Resposta: “simples, eu tiro o selo do envelope e tento de novo...”

Parece ingênuo ou bobo? Então me diga como deve ser...