Falando     de     Amor

               Falar de amor é algo muito difícil. Não pelas palavras perderem o seu sentido e sim, porque na forma mais ampla e realística, ele (o amor), hoje é uma prática que vem sendo extinta. 

                Por que será que o amor existente sempre é definido ou levado como sentimento de um relacionamento a dois? Paraste para pensar que esse tal “amor” faz lembrar o coração, aliás ele é simbolizado pela figura de corações. Vêm coloridos de vermelho e que vermelhidão! Às vezes colocam “rendinhas”, “florzinhas”, daí o mal gosto prevalece como uma negativa criatividade artística. Existem também os “cartões de amor”. O dom poético e romanceado nesses é elogiável. Não se usa mais os versos de amor com rimas, antes elas eram chamadas de elo para o pacto de uma união. Hoje quanto menos, melhor , mas cartões fazem sobreviver muita inspiração. Logo o amor parece estar mais brando, menos sonhado, menos criativo, menos louvado...

                Mas ainda o amor forte, doentio, alucinado... existe. Muito interessante como o “amor a dois” nos dias atuais termina logo, morre facilmente. Lá atrás outras gerações, perduravam no amor, não se desvinculavam, porque a postura dos amados amantes era sólida e consciente.

                E as cartas de amor? Muitos as tem entre as sete chaves do coração, bem guardadinhas! Elas têm um selo, a amada dá um beijo com batom berrante, geralmente vermelho, ficando impregnado a forma dos lábios na página da carta, portanto fica selado o amor.  Outras cartas têm fragrâncias, quer dizer, a folha; colônias e perfumes são borrifados no papel em que se escreve. Geralmente são usados os perfumes preferidos dos amados ou amadas. Quanto capricho se denota! No contemporâneo não se vê mais essas demonstrações de amor. Acreditamos que eram pura emoção!

                Os ricos presentes dentro do consumismo impera os gostos e cada casal procura concorrer ao máximo dos gostos opostos.  Antes os bombons e balas eram ricamente arrumados em caixas para as mulheres amadas. Aos senhores e jovens amados rodeavam carteiras, lenços personalizados (pelas mãos das namoradas e noivas). Mostrar os dotes femininos era avaliado pelos homens, como excelentes e prendadas companheiras ou esposas para os dias futuros.

                Entretanto classificar tão somente o amor como terminologia do sentimento, deixa a desejar. 

                Vem à tona a indagação:

                - E o amor aplicado nas condições humana e universal?

                -Esse é um “virar de páginas seguintes”. Um assunto complexo, pelas friezas humanísticas, desoladas do homem como figurante de um mundo distante, inovador, acompanhando uma nova geração de costumes, procedimentos, condutas... Entre todas essas mutações o sentimento não paira mais a dois, como antes, quanto menos dentro de uma globalização entre nações, povos, comunidades... Sonha-se ainda com o “amor da paz, da solidariedade, compreensibilidade, reciprovcidade”... Estamos mais envoltos numa sistematização individualizada.
                              
       

Discurso
Autor:Prof.Roangas-Rodolfo Antonio de Gaspari-
Imagens:-Google-
 
               

roangas
Enviado por roangas em 11/10/2010
Reeditado em 13/11/2010
Código do texto: T2551137
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