Solidão
À noite caí como um relâmpago, rasgando os céus.
Sinto um ar gélido, que penetra em mim, me congelando por dentro.
Sinto meu ar, saindo, com mais dificuldade.
Sinto um aperto por dentro de mim
Um espaço, uma vaga.
Sem emoções, sem sentimentos, sem nada.
Olho para os céus.
Parece um buraco negro.
Era isso que eu sentia.
Sentia-me sozinha, em um beco escuro.
Em um beco sem saída.
O ar, a cada pulsação, do meu coração, mais gélido.
Abraçando a mim mesma.
Sinto o vazio da vida, espalhar-se, consumir-me.
Sinto a solidão tão perto de mim.
Mas nesse momento sinto os braços do meu amado, agarrar-me.
E com delicadeza aperta-me levemente.
O ar gélido se transforma, em ar em uma temperatura ambiente agradável.
O vazio de minha mente, é varrido, é isolado.
E mesmo com a escuridão da noite.
Pude ver a claridade.
A claridade de minha alma.
(Jady Santana Salustiano Rodrigues)