E se fosse você?
Quando lemos uma historia que nos transmite aprendizado, não imaginamos o quão difícil fora para os personagens vencer tais questões para se tornar um exemplo de vida para a humanidade. Só somos capazes de analisar de maneira critica o que os heróis e heroínas sofreram, físico e psicologicamente, quando passamos por situações iguais ou semelhantes. Sendo assim, a história bíblica de José, filho de Jacó, servirá como fonte de inspiração para essa edição.
José nunca ocultou de seus irmãos sua posição de superioridade sobre eles. O favoritismo se dava por parte do pai Jacó que o mimava, por ser o filho de seu único amor, Raquel. A túnica colorida que José ganhara do pai fora o estopim para que seus irmãos, invejosos, o vendessem como escravo por 20 moedas (seqel) para os mercadores Ismaelitas, os quais o levaram para o Egito.
Por ser um moço forte e de boa aparência não faltou quem o quisesse comprar. Potifar; oficial e capitão da guarda do rei do Egito, o adquiriu por alto preço. Na casa de seu amo, de quem logo conquistou a confiança, tornou-se diligente dos criados e administrador da casa. Tudo isso se devia ao caráter incomparável do rapaz que chegou a estudar com um escriba e aprendera o antigo egípcio.
A parte mais intrigante da história é que a esposa de Potifar há muito havia colocado os olhos sobre o jovem e, numa tentativa frustrada de seduzi-lo o acusou injustamente de abuso sexual. José fora lançado na prisão pagando caro por algo que não cometera.
Para muitos esse ato de um homem rejeitar uma mulher é normal, mas se levarmos em consideração algumas questões veremos que as coisas não foram assim tão fáceis. Imagine um jovem na flor da idade e com os hormônios à flor da pele, sendo tentado por uma mulher bonita e sedutora por dias a fio. A bíblia não relata por quanto tempo a esposa de Potifar perturbou José, mas o interessante é que ele suportou a tentação por respeito e consideração à seu amo. Mas será que a nenhum momento ele se sentiu tentado tomar nos braços aquela linda mulher? Será que seu sono nunca fora perturbado por aquela imagem feminina? Ele certamente sofreu tudo isso, porém sua lealdade para com Deus fora maior que qualquer investida.
E, se sentindo humilhada, a mulher de seu superior armou uma cilada que o incriminou de forma que o seu marido Potifar o lançasse na prisão sem piedade. O mais intrigante de tudo é que se José tivesse cedido aos encantos da mulher ele não teria sido humilhado perante a sociedade, porque certamente a noticia se espalhou. Imagine você, passar de mordomo a prisioneiro... Quem não ficaria curioso para saber por quê? Pela maldade humana os comentários não deixariam de se repercutir. E quem está na posição de acusado sofre horrores psicológicos. Pode até levantar a cabeça barbaramente e seguir, continuar sua vida tendo uma única certeza: Sua consciência tranqüila. Mas a dor de ser considerado um adúltero perante uma sociedade preconceituosa e acusadora não tem consolo. Ainda mais se for uma mulher que tiver sua integridade denegrida com a mesma acusação. Sem dúvida a sociedade de mente engessada a apedrejariam como assim fizeram com a prostituta Maria Madalena.
E nos dias de hoje não é diferente, talvez não somos jogados numa prisão de ferro, mas no calabouço psicológico que tenta nos impedir de prosseguir. Mas não podemos nos tornar vítimas dessa sociedade mesquinha que “fazem da nossa vida um passatempo predileto para seu tédio”, (frase de um grande escritor ao qual admiro muito.).
Será que temos que nos submeter à vontade alheia para que não nos julguem? Devemos nos fechar dentro de nós mesmos, ficar com cara de amarrada só porque os outros querem? Não conversar com amigos do sexo masculino porque os abutres da direita ou da esquerda têm o péssimo conceito de que não existe amizade verdadeira entre um homem e uma mulher?
Ninguém pode ser feliz por nós, somos os únicos responsáveis pelas nossas escolhas e, portanto, somos vítimas do nosso próprio “EU”. Nós somos o que escolhemos ser, independente da opinião de alguém. Não mude por causa da opinião alheia.
Há pessoas que se incomodam com a alegria, simpatia e crescimento de outrem, porém são dignos de pena. Tenha certeza, esses são seres frustrados com suas vidas, desejam ter o que você tem e até ser quem você é. Geralmente não sabem como lutar para atingir seus objetivos, usam armas erradas que acabam se voltando contra eles mesmos. Enfim, são invejosos. A inveja é uma palavra horrível e destrutiva que significa: desgosto com o sucesso alheio. Tanto que foi o primeiro sentimento obscuro que destruiu o próprio invejoso-satanás. Com o desejo incontrolado de possuir o que era de seu criador-Deus, ele organizou uma reunião com os anjos que eram seus súditos e subiu ao céu para tomar o reino de Deus que o venceu com seu poder superior-O AMOR. Satanás fora jogado do céu para a terra, arrastando consigo a terça parte das estrelas, (os anjos), que deram crédito às suas artimanhas. De anjo de luz se tornou anjo das trevas e governa o mundo até os dias de hoje. Portanto é natural que existam pessoas com o mesmo objetivo desse mestre do ódio.
Voltando a José... Mesmo na prisão ele não se queixava, ao contrário, interpretava os sonhos que lhe era contado. E fora numa dessa que interpretou o sonho de Faraó que muito satisfeito com a inteligente interpretação de José, tirou o anel de seu próprio dedo e nomeou o jovem como “Odon do Egito”, cargo semelhante a chanceler, em algumas bíblias diz-se governador.
José fora vítima da inveja dos próprios irmãos, mas não se deixou abater e fora exaltado por Deus. Grande exemplo, não?
Mas será que o moço não chorava quando jogado na masmorra? Certamente. Só que você e nem eu estávamos lá para ver, mas Jesus estava...
Então chore quando precisar mesmo que ninguém enxugue suas lágrimas porque você tem um Deus o único que te entende e conhece seu coração.
Ninguém é tão forte que nunca chorou, pois, o maior de todos os homens também chorou. JESUS!!!