VOZ DE COMANDO...

O grande político Martin Luther King disse um dia: "Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor, mas lutamos para que o melhor fosse feito. Não somos o que deveríamos ser, não somos o que iremos ser, mas Graças a Deus, não somos o que éramos." Isso quer dizer que alguém que luta por uma causa, além de utilizar das armas que tem para exercitar sua ideologia, pode errar na caminhada, mas isso não significa de que perdeu o rumo do comando sobre o seu mister, mas que aprendeu a fazer diferente para não cair no mesmo erro. Isso é filosófico e se reflete na nossa vida do cotidiano.

Qual é o nosso cotidiano aqui no Sindijus? A nossa ideologia de exercitar nossos trabalhos é todo voltada para organizar a nossa entidade no aspecto esportivo. É verdade que não conseguimos fazer o ideal, até porque nosso desejo não alcança aquilo que não temos domínio, ou no muito, não curtimos as diversas modalidades esportivas que deveriam ser trabalhadas num complexo tão amplo como o nosso. Entretanto, isso não quer dizer que nos fechamos para o resto, em termos de atividade esportiva. Ao contrário, sempre que alguém se manifesta, querendo ajudar e propondo a prática de outras modalidades esportivas, a diretoria não se opõe porque entende que precisa desses prepostos para alcançar maior abrangência nessas atividades.

Esta semana, por exemplo, algumas filiadas nos procuraram visando auxílio financeiro na área do voleibol e este Dirigente não teve dúvida em acionar os demais Diretores levando a reivindicação a quem de direito para que o patrocínio fosse alcançado, afinal, precisamos incentivar aquelas pessoas a desenvolverem outras atividades que não seja o futebol.

Mas isso é apenas uma questão de encaminhamento que não denota a principal motivação para a execução deste artigo, pois o desejo é enfatizar a questão da Voz de Comando que muitas vezes é encarada como um requisito militar nas questões de subordinação entre o oficial e o recruta. A Voz de Comando a que me refiro é a postura das pessoas que estão decidindo frente ao agrupamento e que em razão da sua função precisam adotar posturas que mostrem aos comandados que possui domínio sobre o que faz. Trata-se de uma condição de muita responsabilidade e exige que o comandante seja alguém com crédito, que tenha palavra, que delimite suas ações dentro de critérios de justiça e que não se deixe molestar por críticas que em mutos casos são frutos de antagonismos políticos, nada mais.

Relembro-me que em época de eleição é necessário pensar e repensar sobre as pessoas que são escolhidas para os cargos de uma Diretoria Sindical. Aí começam as especulações e as cogitações de nomes. Evidente que muitas sugestões são feitas e muitos nomes aparecem em evidência já que é muito bom o interesse de todos no trabalho sindical. Entretanto, as escolhas devem ser feitas (preferencialmente) sobre aqueles que demonstram liderança e que procuram desenvolver o mister com dedicação e com apreço. O perfil do candidato deve englobar a meu ver alguns atributos, os quais designo em ordem de prioridade: a) companheirismo; b) comando; c) disponibilidade; e d) persistência.

Por que companheirismo? Ora, quem faz parte de uma diretoria e assume uma pasta tão delicada dentro do grupo de sindicalista, deve ter em conta que todos devem trabalhar por um mesmo propósito, logo, devem demonstrar solidariedade nos momentos de vitória e nos momentos de derrotas.

Por que comando? Ora, a pessoa que está se responsabilizando por um mister de importância dentro do sindicato, deve ter sobre seus ombros a responsabilidade de ser alguém que se sobressai nas atividades internas da instituição, a ponto de ser capaz de elogiar no momento que deve haver elogio e alguém que faça admoestações no instante em que haja necessidade de arrocho nos tratos da atividades comuns, para o bem da própria coletividade.

Por que disponibilidade? Ora, alguém que assume um posto importante na direção sindical deve saber, de antemão, que terá de gastar boa parte do seu tempo em favor das causas coletivas, logo, alguns assuntos particulares de menor urgência devem ser sobrepostos em favor da responsabilidade com o cargo diretivo.

Por que a persistência? Ora, seria infrutífera e desastrosa a gestão de alguém que 'abandona o barco' diante do primeiro atrito, ou diante da primeira dificuldade que surge no meio da caminhada. Isso significará a quebra de um membro da diretoria, pois ela é formada por um corpo dotado de todos os seus membros. Um corpo não pode praticar todas as suas atividades afins sem parte da sua constituição física.

Enfim, faço este alerta para que as pessoas que estão dispostas a assumir cargo no nosso sindicato, estejam cientes de que devem estar preparados para os mister, entregando-se de corpo e alma para que as pastas que forem administrar possam funcionar dentro de um parâmetro de normalidade e com expectativa de evolução.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 13/08/2010
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