Salmo 96

Cantai ao SENHOR um cântico novo, cantai ao SENHOR toda a terra.

Cantai ao SENHOR, bendizei o seu nome; anunciai a sua salvação de dia em dia.

Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos as suas maravilhas.

Porque grande é o SENHOR, e digno de louvor, mais temível do que todos os deuses.

Porque todos os deuses dos povos são ídolos, mas o SENHOR fez os céus.

Glória e majestade estão ante a sua face, força e formosura no seu santuário.

Dai ao SENHOR, ó famílias dos povos, dai ao SENHOR glória e força.

Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferenda, e entrai nos seus átrios.

Adorai ao SENHOR na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra.

Dizei entre os gentios que o SENHOR reina. O mundo também se firmará para que se não abale; julgará os povos com retidão.

Alegrem-se os céus, e regozije-se a terra; brame o mar e a sua plenitude.

Alegre-se o campo com tudo o que há nele; então se regozijarão todas as árvores do bosque,

Ante a face do SENHOR, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos com a sua verdade.

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(...) Fincaram no meu aberto peito...

U’a mor ‘spada afiada, em meu leito —

Atravessava minh’alma.

Sofri na assombrosa desventura,

Co’um punhal cravado na cultura,

E uma voz dizia: “Calma!”

Falar de nobreza... Nobreza de espírito. Ser nobre não é apenas seguir os preceitos ou os deveres de uma nação, tampouco uma faculdade elaborada com espontaneidade; mas sim, um dom adquirido por méritos!

Nós, “humanos” — simples mortais... por vezes, acreditamos ser os donos da verdade — semideuses, superiores a tudo e a todos. Por outro lado, somos tão mesquinhos a ponto de não enxergarmos as vicissitudes dessa própria natureza que corrompe laços — por sermos “nobres” de espírito. Contudo, é a cegueira cega a nos cegar. Embora ainda existam aqueles que tentam maquiar esta grande “verdade”. Mas, na verdade, o que significa “Verdade”? Se não é o reflexo do próprio desengano?

Vivemos nos iludindo, achando que tudo é belo, tudo é tão lindo... Oh!... Que maravilha! Quando lemos as notícias nos jornais, no dia a dia, isso é apenas um reflexo, uma representação do que imaginamos ser... se, porventura, isto é verdade, de certa forma, seria uma imoralidade que, talvez fizesse mal à sociedade em que vivemos. Infelizmente, é a pura verdade; e quando nos deparamos com essa triste realidade, sentimo-nos tão culpados, tão frágeis e tão insignificantes.

“... Não compreendo que uma mão pura possa tocar num jornal sem uma convulsão de asco.” (Charles Baudelaire)

De fato, é bem melhor maquiarmos essa injúria, para assim podermos “sonhar” com o amor, a amizade, a felicidade e a esperança.

Será que é para o bem, ou para o mal?

Tudo está bem!..... Tudo está mal!.....

— “Um dia tudo estará bem, eis nossa esperança;

Tudo está bem hoje, eis nossa ilusão.” (Voltaire)

Como disse Nosso Senhor Jesus Cristo: — “Escribas e fariseus, hipócritas!” Qual, dentre vós terá a ousadia de dizer que Ele está errado?

Sim! senhoras e senhores... Somos vis pecadores — fariseus hipócritas... Decerto! Palavras do Senhor!

“Sócrates acreditava que, ao relacionar-se com os membros de um parlamento, a própria pessoa estaria-se fazendo de hipócrita.”

“O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são.” (Protágoras)

“Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. (...)” (Beethoven)

Não tenho a pretensão de ser “poeta”... Pois vos digo que sou músico! Muito embora, cresci ouvindo dizer que, para ser um grande Poeta, tem que ter muita “musicalidade”. Como também já ouvi muitos “poetas” dizerem que, Música não significa absolutamente nada em relação à Poesia.

De minha parte, vos digo que, se não fosse a Música, nada de belo existiria — quanto mais a “pobre” filosofia! Portanto, disponho-me a dizer que, Música, acima de tudo é Inspiração, Sentimento, Arte e Poesia. Sendo que:

“A música é a revelação superior a toda sabedoria e filosofia.” (Beethoven).

O ser humano...

(...) Nos labirintos dessa escuridão insondável...

Demasiado nua, vil, cruel, escura e tenebrosa, à toa

Circunda o cinzel em sua amargurada proa...

Um insignificante desejo indesejável.

Desenha a tresquiáltera de sua indolência crucial...

Dogma de sua irrelevante indisciplina angelical,

E impenitente travessura envolvente... Demente crente!

Crente na trindade que altera a desventura iminente. (...)

ENJAULADOS

Enquanto se fala de liturgia...

Que gera um absurdo contra a magia...

Noites nebulosas enxugam as mágoas,

Tal qual o vento que sopra as canoas...

Ancorando a nau na beira do medo;

Trazendo a agonia nos rochedos,

Aos marujos curvados nos porões!...

Porões de víboras sórdidas, cegas —

Dos infames errantes sanguessugas —

No mórbido abismo das pregações.

Quando os ataques vêm co’a aleivosia...

Assombrando a suave maresia...

Ventanias sopram nos matagais,

Combatem os rumores dos leva-e-traz...

Nos infindáveis confins do universo,

Proclamando a liberdade ao converso;

Marcham co’a indiferença — os caporais...

Nu’a mor escala adejada de ilusão;

E vão atravessando a imensidão...

— Ó triste guerra dos dramas imortais!

A pior guerra que se pode travar —

É a guerra fria!... No insulto — calar;

Porém, rusgam nos sórdidos porões... —

Morrem nas comédias das maldições.

Crápulas!... Amantes da desventura...,

Vão toldando a hórrida sepultura!...

Desabando nas terríveis propostas,

Abandonando as torres — nas encostas

Do velho monte..... Onde o Senhor orou

Por aquela turba, e depois chorou!

No jardim, a roseira tece a flor,

Sob a luz escaldante do grão astro;

Mudam-se as pétalas co’o vento atro —

Caem as folhas secas de seu olor!...

As trepadeiras das grandes muralhas,

No fraguedo estonteante da súcia —

Resmungam no açoite da vil demência;

Nas encostas da injusta camarilha... —

Que julgam os condenados em seu furor!...

— Enjaulados na penitência d’horror!...

Paulo Costa

“Aplaudí, amigos! A comédia já acabou.” (Beethoven)

Pacco
Enviado por Pacco em 10/08/2010
Reeditado em 29/10/2011
Código do texto: T2430183
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