O que é ser prenda
Dispor-se a ser prenda, vai muito além de vestir a pilcha tradicional, é muito mais que submeter-se a vários testes que avaliam seu conhecimento, sua desenvoltura e seu comprometimento com a causa tradicionalista. Ser Prenda é dizer SIM. É abdicar de uma série de coisas pessoais para servir de baliza e alicerce para o tradicionalismo.
Representamos o nosso estado retratando em nossa estampa, a história, o folclore e a cultura de nosso povo, e muito mais do que isso simbolizamos a mulher gaúcha, mostrando a sua importância.
Esta, que no passado, desdobrou-se em quatro ou cinco mulheres diferentes: a provedora do sustento da família, a mãe amorosa, compensadora da ausência paterna, a patroa dando ordens aos peões e ainda, quando o marido amado retornava das guerras foi à companheira mais carinhosa. Mulher que conquistou seu espaço na sociedade sem perder a sua delicadeza e feminilidade, que hoje continua sendo a mãe, esposa, dona-de-casa, profissional, estudante, desempenhando todas as suas obrigações com fibra e competência. É essa mulher que nos orgulha tanto representar, com sua capacidade de tornar este movimento mais fortalecido e delicado, agregando cada vez mais pessoas.
Já dizia Paixão Cortes, em sua obra A Prenda Tradicionalista “ser prenda verdadeiramente, é uma opção corajosa e digna do melhor reconhecimento. Fazer-se prenda, quando há uma gama de outras ofertas, é o atestado vigoroso de um predicado especial, muito mais valorizado pelas conquistas femininas da atualidade, representadas, principalmente, no direito de escolha e na vontade própria.” É com este predicado que nós, ao passar dos anos, temos conquistado um grande espaço dentro do Movimento Tradicionalista Gaúcho. Trabalhamos pela manutenção de nossas raízes, agregando pessoas ao tradicionalismo, transmitindo valores éticos e morais, contribuindo para a formação de jovens conscientes de seu papel sócio-culturalmente
Então, quando vestimos a pilcha, e nos denominamos prendas, estamos selando um compromisso. O compromisso firmado nas verdades do presente, respeitando o passado, e cuidando o futuro, para mantermos o que para nós é verdadeiro, com a consciência de que somos o cerne cultural que mantém viva a chama do tradicionalismo.