JESUS, UM AMOR QUE TRANSCENDIA À LEI
Os profetas do Antigo Testamento já sinalizavam para uma evolução no relacionamento dos homens com Deus, exortando-os a pôr o coração nos seus atos e a aplicar-se no conhecimento de Deus, ao invés de dedicar-se a sacrifícios mecânicos. Há muito o povo judeu tinha deixado de oferecer sacrifícios como um auxílio didático para o reconhecimento do seu pecado e o desejo de expiá-lo. Seu coração estava distante das palavras que seus lábios proferiam, dos seus cânticos e da melodia dos seus instrumentos.
“Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais que holocaustos”. Oséias 6. 6
O povo é chamado à verdadeira conversão, aquela que se evidencia pela transformação pessoal, por uma mudança no rumo da vida.
“Rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor vosso Deus, porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em benignidade...” Joel. 2.13
Com Jesus e seu ensinamento revolucionário, a religiosidade dos judeus foi virada pelo avesso. Cheio de um amor que transcendia à lei, pra ele já não era mais o que entrava pela boca o que contaminava o homem, mas “o que saía da boca” e vinha do coração; já não era o homem que tinha sido estabelecido por causa do sábado, mas, o sábado tinha sido estabelecido por causa do homem.
Jesus eliminou a conotação exterior da Lei, aboliu os ritos, e dirigiu para o interior a essência da sua mensagem, carregando de significado os dois únicos mandamentos que deixou: amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo.