Dominantes e Dominados

Desde que o Homem começou a viver em sociedade, apartando-se em grupos étnicos ou estirpes, deu-se conta de colocar os menos afortunados em seus devidos lugares. O próprio sistema se incumbiu de punir os insubordinados, a prisão foi o meio mais cômodo de separar os opositores.

Embora as instituições penitenciárias abriguem perigosos detentos, muitos que lá se encontram, não passam de vítimas de um sistema predatório e capitalista.

Sempre fugindo das agruras, transferíamos nossas árduas tarefas laborais aos desventurados. Tem sido assim desde os primórdios, povos mais fortes e ou adiantados, subjugavam os pusilânimes, submetendo-os à árduas penas.

Se outrora, preponderava a sanha dos fortes sobre os fracos, contemporaneamente temos a subordinação das vontades, onde o poder aquisitivo majoritário, suborna o desejo dos desafortunados.

No alor temporal, amiúde, nos damos conta do anacronismo que acompanha a formação sociocultural da civilização. Talvez, pelo simples fato, de constatarmos que a maioria dos seres, relacionam-se simbióticamente.

Na trama do convívio, estabelecido implicitamente entre as espécies, onde a harmonia e a conveniência, obrigam a subserviência de muitos, frente à veemente imposição autoritária e seletiva doutros.

Fato, é que prevalece entre os homens, o ímpeto da subjugação das etnias sob as castas sociais, e todos sabem, o quão raro é fugir deste estigma.