Feminino. O nascimento da sensualidade, a descoberta da mulher
“ A MULHER NÃO EXISTE!” JACQUES LACAN
Essa frase dita por LACAN poderá ser cercada de pré-conceitos caso não seja bem entendida. LACAN não se referia a mulher no real, esse ser que tem útero, menstrua, passa pela menopausa, pode gerar filhos, etc. Não, LACAN ao dizer essa afirmação referia-se a outro lugar. O lugar da mulher no simbólico, ou seja, o que define a mulher, qual é o seu símbolo, sem o pênis que é o símbolo fálico do homem, o que resta a mulher?
Daí a maravilha da posibilidade. Já que a mulher (símbolo) não existe, o que lhe resta é um leque de opções. Essa mulher agora se encontra simbolizada pelo FEMININO. O FEMININO “salvará” essa mulher-traço.
Ela se pinta, se maqueia, contorna o seu corpo com tintas, flores e objetos que possam marcá-la como um eterno ser de falta-a-ser.
Assim, podemos pensar que, se tornando sensual, a mulher marca o seu lugar pelo feminino. Essa é a grande cartada da mulher. Da feminilidade nasce a mulher.
Angelo Gustavo Venâncio de Lima