LUZES AO TRABALHO!

Hoje é dia primeiro de maio, data em que mundialmente se comemora o dia do trabalho, mais precisamente o dia do trabalhador, posto que sem o mesmo não haveria como realizar a frutificação do "trabalho".

E como sempre ocorre, as manifestações reivindicatórias dos trabalhadores deveras acontecerão pelo mundo inteiro, alheias a quaisquer sistemas de governos.

Hoje parei para analisar sobre o conceito de "Estado", essa figura moderna de organização social e política, até certo ponto nova, posto que surgiu posteriormente aos anseios que impulsionaram o ILUMINISMO de Voltaire, Montesquieu e Diderot, aonde transformações sociais mobilizadas pelo então "pensamento" Francês culminariam com a Revolução Francesa do sec.XVIII, empunhada pelos ideais de "liberdade, igualdade e fraternidade" a posteriormente se difundirem pelo velho e novo mundo.

Ali se daria o histórico "start" ao pensamento Social Democrático pelo era moderna, com valorização do trabalhador e do seu trabalho, após o longo período de " Latência " social ocorrido na Idade Média, período em que as relações entre Patrão, trabalho e trabalhadores eram de "posturas absolutistas".

Muito bem.

O tempo passou o mundo muito se transformou e o trabalho, assim como os trabalhadores, assumiu força motriz diferenciada; as relações mudaram, os laços se "estreitaram", os trabalhadores conquistaram direito à voz, principalmente nas sociedades ditas capitalistas.

Porém, penso que aqueles ideais que derrubaram as forças repressivas nas relações de trabalho medieval, aos poucos também foram se perdendo ao longo do tempo moderno.

Surgiu a ideia do Estado que progressivamente até aos nossos dias passou a gerenciar de perto o seu próprio interesse na força do trabalhador, passando a arbitrar através das leis e da política quais direitos e deveres caberiam aos patrões e empregados, de certa forma transformando o trabalhador em refém de "novas forças políticas".

Hoje o que se nota é o Estado no "centro absoluto" duma tênue linha de relações trabalhistas, prestes a arrebentar sempre do lado mais fraco: a do trabalhador, bem como a "patrocinar" o forte "empregador".

O Estado para funcionar precisa da mão e dos impostos do suado trabalhador, não há como se negar tal fato.

Qualquer Estadista tem "fartamente" exposto à sua própria mesa o trabalho do campo, para ilustrar meu argumento.

Contudo, por aqui, parcas e negligentes políticas salariais ainda são culpadas pela consupção dos salários, aliadas ao índice exorbitante de captação de tributos pelo Estado, que considera "renda" inclusive a grande massa de pequenos salários gerados com o esforço do trabalhador.

Dum lado o Estado de olho nos tributos que incidem nas "rendas trabalhistas", do outro os empregadores, que a despeito de darem empregos, os utilizam como moeda de "bons samaritanos", em tempos tão difíceis de crises financeiras mundiais, aproveitando-se das regras que regem as leis do trabalho, ao longo do tempo promovidas e "amparadas" pelos Estadistas...que tudo querem do trabalhador, inclusive manipular e usar a força do seu trabalho.

Dizem que acabaram os feudos medievais, porém às vezes eu tenho dúvidas, principalmente quando olho, analiso e repenso minha visão de mundo, baseada no meu mero entorno.

Grandes líderes e aplaudidos Estadistas com certeza hoje farão seus discursos, principalmente por aqui , ano eleitoral.

Eu já imagino o seu conteúdo que decerto fará meu texto parecer um objeto anti-Estado.

Alguns se sentirão " OS PAIS" dos trabalhadores do mundo!

De toda sorte, diante do cenário do dia, aqui deixo meus parabéns aos trabalhadores do mundo, dentre os quais eu me incluo, sempre tentando fazer o meu melhor...e pagar a minha parte da extrema conta social.

Aos "Estadistas do trabalho", àqueles que empunham as bandeiras do "trabalhismo" pelo mundo afora, eu só tenho a dizer que as distâncias a serem percorridas ainda são muito longas, enormes distâncias a serem VENCIDAS pela igualdade e pela fraternidade, pois parto do pressuposto que liberdade nem se discute, posto que é direito pétreo à condição humana, inclusive à do frágil trabalhador.

Nossas grandes distâncias sociais ainda esbarram no vácuo que separa a retórica, dos atos políticos consistentes, aqueles que, de fato, deveriam lastrear o verdadeiro crescimento social , alavancado pelas percepções e pelo pensamento.

Só assim consolidaríamos as luzes do ILUMINISMO, a difundí-las pelo tempo, através da História.

Em tempo: Ilumina Brasil!