Discurso de um Gramático
Este momento não pode ser singular em nossas vidas; ele precisa ser pluralizado, para que as antíteses do dia-a-dia não nos tirem as nossas metáforas e sinestesias, e assim, não caiamos em redundâncias. Nossos projetos têm que ter objetos diretos e não indiretos para podermos triunfar em nossas finalidades. Que nossas vidas não sejam advérbios, mas sejam verbos com todas as suas variações para termos nossos caminhos facilitados. Que sejamos como as orações, sempre unidas por preposições ou conjunções, formando uma corrente de vida, que sejamos indicativos e nunca subjuntivos em nossas decisões, devemos imperar sobre os gerúndios e particípios com a certeza de sempre darmos o melhor de si para nós e para os outros pronomes. Que nossas vidas sejam cheias de predicativos, mas que esses predicativos sejam efêmeros, passando logo a adjuntos adnominais e assim, sejamos complementos nominais um na vida do outro, sem elipses, fazendo-nos sempre presente.
Temos que concordar, mesmo que por silepse, para regermos nossos sonhos com muitas hipérboles com o fito de encontrarmos a felicidade.
Autor: Luiz Cláudio Machado