Mulher

Mulher - A partir dos séculos XVII e XVIII que caracterizam a passagem de uma economia feudal para uma economia industrial permitiu-se à globalização das mercadorias e serviços, bem como uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho. Com esta mão-de-obra feminina expandida do eixo doméstico privado para a fábrica no sentido público e da fábrica no sentido público para o eixo doméstico também no sentido público, é que se possibilitou a futura caracterização da dupla jornada de trabalho feminina. Durante a I Guerra Mundial as mulheres foram inseridas nas fábricas de armamento, tanto na França como na Inglaterra, substituindo-se assim os homens que seriam mobilizados tanto para a I Guerra Mundial como também para a II Guerra Mundial. Nas décadas de sessenta e sessenta, as mulheres, sobretudo burguesas queimaram sutiãs e calcinhas, exigindo-se maior inserção no mercado de trabalho bem como direitos iguais perante a sociedade. Com esta conquista, alterando o eixo de subalternidade da mulher para uma das principais provedoras do lar formula-se a seguinte pergunta. Qual é a vantagem nesta divisão de tarefas? Seria o papel maternal, de chefe de família, do trabalho doméstico? Da dupla jornada de trabalho? Após toda esta revolução o que a mulher ganhou efetivamente? Mais trabalho, mais doença, mais responsabilidade materna, mais estresse, e por outro lado um menor salário, uma futura ou presente menor expectativa de vida, ou uma menor felicidade estampada em seus pseudos sorrisos. Discutem-se a possibilidade de novos agravamentos a saúde feminina e uma possível equiparação das causas de morte por fatores tais como; uma maior inserção da mulher no mercado de trabalho, na vida pública e no já reconhecido cuidado com o lar e com os filhos. Mas qual é a medida certa? Existe um equilíbrio nas relações sociais? É possível que a dupla jornada feminina esteja contribuindo para uma deterioração da auto-estima, depressão, cansaço físico, e tornando-se assim um profundo estimulador do esgotamento mental? Sendo assim é preciso entender que esta árdua tarefa não é apreciada pelo gênero feminino como um todo, mas pode estar sendo suportado de forma cultural e tradicional nas camadas mais baixas da população, que alias são maioria no Brasil. Presumo que uma visão mais crítica a este respeito não seja observada entre mulheres de baixa renda e baixo nível educacional. E algo precisa ser mudado.

Alessandro Barreta Garcia
Enviado por Alessandro Barreta Garcia em 20/07/2006
Reeditado em 19/10/2008
Código do texto: T198206
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