SENHORES VERSUS SENHORAS

          Antes todos eram senhores ou senhoras, cedo demais. Na própria mudança do estado civil com o casamento, já se passava ter o tratamento pessoal, mesmo entre os mais íntimos, de "senhor e "senhora".

              Regras, "mais etiquetas" direcionavam normas para a classificação de um indivíduo bem educado.

              Sabíamos que "pequeninas coisas" eram estipuladas, acho até exigidas demais, no berço da família. Podíamos dizer: -Realmente, ela era a primeira escola.

              O SENHOR (SENHORA): seu pai, sua mãe, seu vizinho, vizinha, tio, tia, avô, avó, médico, médica... eram constantemente usados, quase por imposição, obrigado. A forma da gentileza mantinha uma comunicabilidade tão respeitosa, transformava a sociedade como requisitos de bons tratos.

              Estranho! Os pronomes pessoais de tratamento, parece que caíram do conteúdo programático dos educandos.Ainda se fazem presentes sim! Poucos conhecem o Ilustríssimo, Excelentíssimo,Sua Majestade, Sua Santidade e outros tantos... "careta demais" falar sobre essas coisas.

              Tornou-se mais fácil trocar o SENHOR/SENHORA por VOCÊ, aliás, "ocê". Um dialeto? -Não fale asneiras!

              O bonito é ouvir "O MEU, FALA AI". É brega se eu te chamar de SENHOR. "ESSE TÁ NO CÉU MEU"!... -Um novo volcabulário? -Mas o que é isso? -Sinônimo não seria melhor?...

              A pedagogia explica: escrevemos como lemos e falamos. - Acho que não é por ai... Mudou também... Escrevemos como falamos... -Nossa, muito confuso!... Regras demais!...

             Mas termilogia ou expressões adquiridas, claro... claro... acompanham o contemporâneo. -Contemporâneo?  Isso é velho demais! Hoje o melhor é "ocê". De uma ou outra forma, de tratamento, hoje empregado, precisa ser respeitado. Está incluído como no uso "popular", "regional"... "GÍRIA" é um uso correto! Gostoso "GIRIAR" -"O meu, GIRIAR não existe, mas eu GIRIO como eu "guio o meu carro". -"Se é loco meu"! Bonitas as formas novas usadas como tratamento.

              Uma produção escrita com o uso desses novos vocabulários tem o seu peso certo no processo de avaliação, acho não o total como regulamento; -penso eu, não estou mais sabendo de nada!..."O meu, ocê não entende de nada"!

              Todos nós somos irmãos, aliás estamos irmanados a um povo, numa língua até de conceitos, costumes e tradições. Quem responde isso é: -"O MANO TÁ POR DENTRO? -"Ocê é meu irmão pô!" Jamais podemos fazer um análise crítico sobre isso. O importante é a união, respeitabilidade, aceitação, bom senso... tudo chegado com o equilíbrio, adequação. Sabendo onde, quando e com quem podemos nos dirigir ou tratar adequadamente. O tradicional, ainda não é do pretérito. Definimos como bons princípios, saber entrar e sair, escrever e descrever, tratar ou destratar. Logo tudo fica bonito com uma boa e elogiada educação das pessoas. Os mestres são os "FESSORES"...Um tratamento íntimo, afetivo... por que não?...

              Ah! O tio, a tia, o vô, a vó... são dos SENHORES E SENHORAS. 

               Respeitável público, "O CARA" é tratato e usado para os mais jovens. Respeitemos por favor, porque podemos ouvir:

              "OCÊ TA POR FORA, VÉIO SENHOR"!... 


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DISCURSO
FONTE: PRODUÇÃO LIVRE
Autor do texto e da Imagem- Título: BUSTO DE PATRONA:
Prof. Roangas -Rodolfo Antonio de Gaspari-

          
roangas
Enviado por roangas em 24/11/2009
Reeditado em 28/11/2009
Código do texto: T1941951
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